Um dos principais destinos turísticos de brasileiros na Argentina, a cidade de Bariloche amanheceu nesta quinta-feira (23) sob uma nuvem de cinzas vulcânicas. Segundo brasileiros que moram na cidade, Bariloche parece estar com tempo nublado e a cinza é fina, como poeira que cai do céu. Juan Schreiber, que é dono do hotel Fazenda Carioca, disse que não é possível avistar o vulcão da cidade e que nem foi possível ouvir as duas explosões que aconteceram nas últimas 24 horas. O vulcão Calbuco fica a 110 quilômetros de Bariloche, do lado chileno da cordilheira dos Andes. O fornecimento de água e eletricidade estão normais, segundo o empresário. O aeroporto está fechado, mas o tráfego nas estradas está liberado. "É uma situação incômoda, mas que não oferece nenhum tipo de perigo", afirmou. "Estamos esperando o restabelecimento dos vôos, porque Bariloche é uma cidade que depende do turismo". Schreiber contou que postos de gasolina e supermercados tiveram filas na noite de quarta-feira (22), com pessoas que procuravam se precaver comprando água e combustível. Mas, acrescentou, não houve desabastecimento. O comércio está parcialmente fechado, e os passeios turísticos ficaram prejudicados. "Não tem sentido fazer passeios se não se pode ver a vista", disse a guia Sabrina Poinho, que trabalha na agência Bariloche Select Travel. Ela afirma, contudo, que a situação de agora é melhor do que a de 2011, quando a erupção do vulcão Puyehue provocou uma nuvem de areia vulcânica que cobriu a cidade. "Pode parecer irônico, mas estou bastante aliviada por não ter sido igual a 2011. Eu estava aqui e me lembro bem", disse. Segundo ela, o dia amanheceu normalmente às 8 horas nesta quinta-feira. A recomendação das autoridades é que as pessoas usem máscaras e evitem sair de casa até que a nuvem se dissipe. Foi suspenso o funcionamento de bancos e repartições públicas na cidade. Veja as imagens da erupção.
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