Durante quase um século, a burocracia pública do Rio Grande do Sul achou que a capacidade de pagamento do Estado era infindável. Pois agora está começando a se defrontar com a verdade que já estava escrachada há muitos anos: acabou o dinheiro, não tem mais dinheiro sequer para pagar o funcionalismo. A teta da vaca secou. A crise das finanças públicas finalmente irrompeu com toda sua cara feira. Afinal de contas, qual é o Estado que consegue sobreviver quando, sobre um único funcionário, por exemplo, os pagamentos podem se manter por cerca de quase 150 anos? (para ele, na atividade e na aposentadoria, e depois para seus pensionistas). O governador precisa apenas colocar um teto. Por exemplo, não pagar mais de 4.500 reais para ninguém. Oficiais da Brigada Militar, delegados da Polícia Civil, funcionários da Procuradoria-Geral do Estado, técnicos da Fazenda e até mesmo os secretários de Estado e o governador estarão entre os principais atingidos pela mudança. Professores, policiais militares e servidores do quadro geral devem receber normalmente. Entretanto, é bom verificar bem essa folha, porque tem professoras que ganham mais de 15 mil reais. Em geral, são professoras que nunca deram um dia de aula, nunca estiveram em sala de aula, ou só muito pouco tempo em sala de aula, e que se especializaram em acumular gratificações incorporadas, principalmente as da Assembléia Legislativa. Tirando esses casos, os professores não terão o que reclamar. Os atrasos poderão se repetir mensalmente. É evidente, ainda mais em um período de recessão econômica, decretada pela incapacidade do governo petista de Dilma Rousseff, a arrecadação do Estado continuará em queda. A medida não atingirá a cúpula e os servidores do Tribunal de Justiça, da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público. Tudo que ficar excedente ao teto de 4.500 reais será pago em três vezes, estuda o governo.
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