A presidente Dilma Rousseff indicou nesta sexta-feira o tesoureiro de sua campanha à reeleição, Edinho Silva, para o comando da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. Edinho assume a vaga de Thomas Traumann, que pediu demissão na última quarta-feira em meio a crise após vazar um documento interno que admitia que o País passa por um “caos político” e que o governo financia os blogs sujos. A escolha de Edinho Silva confirma que Dilma usou a questão partidária como critério de seleção do novo ministro. Diferentemente dos antecessores Thomas Traumann, Helena Chagas e Franklin Martins, Edinho não tem nem mesmo experiência na área: ele é formado em sociologia e fez carreira como professor. Edinho Silva foi prefeito de Araraquara (SP), deputado estadual e também presidente do PT paulista entre 2009 e 2013. Após a saída de Traumann, o PT pressionou para que um representante do partido passasse a controlar a distribuição das verbas de publicidade, que é atribuição da Secom. Uma das hipóteses defendidas era a transferência dessa atribuição para o Ministério das Comunicações, que já está sob controle do petista "aloprado" Ricardo Berzoini. Em 10 de março, Edinho publicou um artigo em que pedia que o PT respondesse ao que chamava de “ofensiva conservadora”. “Há, sim, erros no nosso campo político. Nunca na nossa história assimilamos com tanta facilidade o discurso oportunista de uma direita golpista e nunca estivemos tão paralisados”, afirmou ele no texto. O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social era cotado para assumir o comando da Autoridade Política Olímpica (APO), mas o governo temia que, em meio a uma rebelião no PMDB, o nome dele não fosse aprovado durante sabatina no Senado. Em nota, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República informou que a posse de Edinho Silva está marcada para a próxima terça-feira.
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