sábado, 14 de março de 2015

Bairros do Rio de Janeiro têm lixo acumulado no segundo dia da greve ilegal de garis


No segundo dia de greve dos garis do Rio de Janeiro, todos funcionários públicos (são 22 mil servidores municipais) a cidade amanheceu com lixo espalhado pelas ruas. Os profissionais de limpeza mantêm a paralisação, iniciada à 0h de sexta-feira. A Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio (Comlurb) informa que houve acúmulo de sujeira neste sábado em alguns bairros da Zona Norte e do centro da cidade. Um plano de contingenciamento foi colocado em prática para tentar minimizar os transtornos causados à população. A determinação legal de que ao menos 75% dos garis voltem ao trabalho não está sendo respeitada, segundo a Comlurb. O sindicato da categoria reconhece que a adesão à greve no primeiro dia do movimento foi praticamente total, mas que a orientação aos trabalhadores já no fim do dia foi que retornassem a seus postos para respeitar à ordem judicial. A pena prevista ao sindicato em caso de descumprimento é de pagamento de multa diária de 100 mil reais. "Hoje (sábado) está havendo limpeza em vários bairros da cidade. Estamos orientando rigorosamente os trabalhadores que não impeçam quem queira voltar ao trabalho e que temos que cumprir a determinação da justiça. Estamos agora é reforçando a conscientização sobre o movimento", declarou Antonio Carlos da Silva, vice-presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro. Os grevistas fizeram um ato na manhã deste sábado em frente à prefeitura do Rio, que teve a adesão de cerca de 350 pessoas, segundo estimativas dos organizadores. A categoria reivindica um reajuste salarial de 40% e aumento no auxílio refeição de 20 reais para 27 reais. A Comlurb ofereceu como contraproposta um aumento de 7,7% tanto no salário quanto no tíquete refeição, mas não houve acordo entre as partes. O Tribunal Regional do Trabalho marcou uma reunião de conciliação entre a Comlurb e os garis para a próxima quarta-feira. No entanto, de acordo com a companhia, ainda não há previsão de nova rodada de negociações com os grevistas. Essa é uma greve selvagem. A prefeitura do Rio de Janeiro tem 22 mil funcionários para os serviços de limpeza da cidade. É muita gente, é gente em total demasia. Chegou a hora de a prefeitura do Rio de Janeiro passar a pensar em privatização dos serviços de limpeza da cidade. Só o que economizará em custos previdenciários já recomenda largamente essa providência. Os serviços de coleta de lixo são essenciais para a manutenção da saúde pública, não podem ser ameaçados por um corporativismo público dessa forma.  

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