Terroristas do Estado Islâmico sequestraram dezenas de cristãos em vilarejos assírios no nordeste da Síria e forçaram centenas a fugir para salvar suas vidas. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos noventa pessoas foram levadas. Durante a madrugada, os extremistas invadiram os vilarejos rurais perto de Tal Tamr, onde foram registrados combates entre os terroristas e forças curdas. Alguns assírios conseguiram escapar e foram para a cidade de Hassakeh, controlada pelos curdos. Hassakeh é uma localidade importante na luta contra o Estados Islâmico por fazer fronteira tanto com a Turquia como com áreas controladas pelos terroristas no Iraque. Testemunhas relataram que os homens sequestrados foram levados para a montanha de Abdul Aziz, enquanto as mulheres foram mantidas na vila de Tal Shamran, terra natal da maioria dos reféns, segundo informações de ativistas. O sequestro ocorre no momento de uma ofensiva de curdos para tomar do EI zonas ricas em petróleo e gás em Hassakeh. No domingo, os curdos renovaram os ataques contra os territórios controlados pelo grupo jihadista, ajudados por bombardeios comandados pelos Estados Unidos. Os cristãos representavam cerca de 10% da população de 20 milhões de habitantes da Síria antes da revolta contra o regime de Bashar Assad ter início, há quase quatro anos. Os assírios, aproximadamente 40.000 na Síria, falam siríaco, uma variação do aramaico. A maior concentração de assírios na Síria está em Hassakeh, mas também há pequenas comunidades em Aleppo, Homs e Damasco. Há algumas semanas, o Estado Islâmico ordenou aos assírios na região de Hassakeh que retirassem as cruzes nas igrejas e passassem a pagar a jizya, a taxa cobrada aos não convertidos. Por outro lado, milícias assírias juntaram-se à ofensiva curda contra os terroristas.
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