Empresários de setores como plástico, têxtil e de alimentos estão entre 342 correntistas brasileiros do banco HSBC na Suíça que estão sendo investigados pela Receita Federal, segundo a revista "Época". A publicação teve acesso a relatório sigiloso do fisco sobre os 15 primeiros brasileiros investigados no caso conhecido como SwissLeaks, revelado em reportagens de Fernando Rodrigues, no UOL. Alguns podem ter sido relacionados só por ter conta na Suíça, o que não é ilegal. Dentre os nomes citados estão Lirio Albino Parisotto, diretor-presidente da Videolar, e Ricardo Steinbruch, presidente do Grupo Vicunha. Em ambos os casos, segundo a publicação, os valores são considerados compatíveis com o perfil econômico. Também aparece o nome de Jacks Rabinovich, dos grupos Vicunha e Fibra. Nesse caso, a investigação estaria relacionada ao setor de seguros. O empresário não deu declarações à "Época". Documentos com dados de 106 mil pessoas, dentre elas 8.667 brasileiros, com contas no HSBC da Suíça foram entregues por um ex-funcionário do banco a autoridades francesas. As informações chegaram à rede de jornalistas investigativos Icij. A Receita cruzou a relação de investidores brasileiros com dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Possuir contas no Exterior não é ilegal, a não ser que haja outros ilícitos como evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Não há, até agora, irregularidades confirmadas por parte dos correntistas. Além de empresários, também fazem parte da lista de investigados pela Receita doleiros e, segundo o documento citado pela publicação, pessoas suspeitas de ligação com o tráfico de drogas.
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