Enquanto seu nome é citado nas delações premiadas do petrolão, José Dirceu aproveita a prisão domiciliar para bater em seu novo saco de pancadas preferido: a política econômica de um Joaquim Levy comprometido com o ajuste fiscal e o superávit primário de 1,2% do PIB. Em texto publicado em seu blog, Dirceu coloca “na contramão do mundo desenvolvido” o fim das “medidas anticíclicas”, anunciado por Levy na quarta-feira, em Nova York, e questiona se a austeridade é o único caminho para o Brasil sair da crise. Para Dirceu, o Brasil está “à mercê das agências de risco”. Apesar de não ter levantado grandes bandeiras reformistas enquanto teve oportunidade, o ex-homem-forte do governo Lula agora pede pelas reformas tributária, financeira, bancária e na política de comércio exterior. Dirceu sugere que o Brasil aproveite a desvalorização do Real para aumentar as exportações e “reorganizar a indústria frente ao cenário internacional”. Adotar a rota traçada por Dirceu e promover um “diálogo nacional” em torno na crise colocaria o Brasil, nas palavras do mensaleiro, nos trilhos de uma “revolução científica, tecnológica e educacional”. Por Lauro Jardim
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