quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Governo da petista Dilma Rousseff desiste de prorrogar o horário de verão até março como medida de racionamento de energia

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, anunciou que o governo desistiu de prorrogar o horário de verão por mais um mês para economizar energia. Ele explicou que os cálculos mostraram que a medida não valeria a pena. O horário de verão termina, portanto, no dia 22 de fevereiro. "As conclusões, após avaliação técnica, mostraram que a medida não valeria a pena, porque parte do País ficaria mais escura no período do manhã, o que aumentaria o consumo nesse horário. Além disso, a extensão do horário de verão demandaria ajustes na aviação civil", disse Braga, após reunião com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Foi o próprio ministro que levantou a idéia de ampliar a vigência do horário de verão, na semana passada. De acordo com o ministro, durante a reunião de hoje foram apresentadas análises sobre as previsões hidrológicas e do nível dos reservatórios que, segundo Braga, têm indicadores positivos, mas não conclusivos, para o mês de março. Por isso, uma nova reunião foi marcada para o fim de fevereiro.  Conforme dito ontem pelo diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, a presidente Dilma deu hoje o aval para que sejam tomadas medidas de estimulo para a chamada "geração distribuída", que é aquela feita pelos próprios consumidores, por meio de geradores, seja nas residências ou nas empresas. De acordo com o ministro Braga, o órgão regulador irá formular compensações para que esses consumidores aumentem o uso dos geradores das atuais três horas diárias para até seis horas por dia. É o racionamento, sem dúvida, agora admitido pelo governo. Ele não consegue gerar a energia demandada pelo País. "Como este estímulo, podemos ter uma geração na ponta de carga de até 3 mil megawatts, o que significa um adicional no sistema de 300 megawatts médios por mês", explicou Braga. De acordo com ele, a medida não terá custos adicionais nas contas de luz e nem dependerá de subsídios bancados pelo governo. "O que haverá será uma substituição de parte da energia comprada pelas distribuidoras no mercado à vista por essa eletricidade gerada pelos próprios consumidores que, inclusive, é mais barata", argumentou o ministro. Braga adiantou também que o Ministério do Planejamento publicará amanhã (12) uma portaria com regras para a economia de água e luz nos prédios públicos federais. Segundo o ministro, esse será o primeiro passo de uma campanha mais ampla de eficiência energética que será lançada pelo governo dentro de duas semanas. "Eficiência energética" é o nome petista para "racionamento". Conforme o ministro de Minas e Energia, o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) e a Eletrobras divulgarão uma cartilha de "eficiência energética" que estará também disponível para qualquer cidadão que queira aderir voluntariamente ao esforço de economia de energia. "A nossa meta é alcançar até 30% de economia de energia no setor público. Nesse primeiro momento, começaremos com os prédios públicos. Mas a intenção é levar o modelo também às distribuidoras, estimulando a atualização da iluminação pública com lâmpadas de LED e correções nas redes para a diminuição de perdas de eletricidade", completou. Finalmente, a gerentona conseguiu levar o Brasil ao racionamento de energia.  

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