Na semana de poucos dias úteis por causa do feriado de Carnaval, também foram mais tênues as mudanças de projeções do Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. Mesmo assim, elas ocorreram. Segundo o documento, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrará o ano em 7,33%, e não mais em 7,27% como aguardava o mercado no levantamento anterior. Há um mês, a mediana das estimativas para o indicador estava em 6,99%. Esta é a oitava semana consecutiva em que há alta das previsões para o IPCA de 2015. A expectativa de que o Banco Central não entregará, portanto, a inflação de 2015 sem estourar o teto da meta de 6,5% também pode ser vista no Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as previsões. Para esses profissionais, a mediana para o IPCA deste ano segue acima da banda superior da meta, mas permaneceu em 7,12% como na semana passada. Quatro semanas atrás, estava em 6,86%. Para o final de 2016, a mediana das projeções para o IPCA foi mantida em 5,6% pela quarta semana seguida. No Top 5, a projeção para a inflação no final do ano que vem também ficou inalterada em 5,65% — um mês antes estava em 5,6%. O Banco Central trabalha com um cenário de alta para o IPCA nos primeiros meses deste ano, mas conta com um período de declínio mais para frente, levando o indicador a ficar no centro da meta de 4,5% no encerramento de 2016. Apesar desse prognóstico mais positivo para o médio prazo, as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente seguem elevadas. Passaram, no entanto, de 6,56% para 6,55% de uma semana para outra, ante 6,69% de um mês antes. É no curto prazo que os preços mostram mais descontrole. Depois da alta de 1,24% de janeiro, revelada pelo IBGE, os analistas prevêem que o IPCA suba 1,04% em fevereiro — na semana anterior estava em 1,02% e quatro antes, em 1%. Para março, é aguardada uma pequena desaceleração da taxa, que deve ser de 0,79%. Na semana anterior, porém, a mediana das previsões estava mais baixa, em 0,7% e um mês antes, em 0,6%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário