Os sete meses de demora da presidente Dilma Rousseff para indicar o 11º integrante do Supremo Tribunal Federal provocou nesta quinta-feira revolta entre os ministros da Corte. Na sessão plenária, um empate impediu que o tribunal decidisse um processo. Celso de Mello, o mais antigo do tribunal, protestou contra a “omissão” de Dilma. Marco Aurélio Mello, o segundo mais antigo, disse que o atraso na indicação é “nefasto”. "Essa omissão irrazoável e abusiva da presidente da República já está interferindo no resultado dos julgamentos. Novamente, adia-se um julgamento. Nós estamos realmente experimentando essas dificuldades que vão se avolumando. É lamentável que isso esteja ocorrendo", disse, incisivo, o decano. "Veja como é nefasto atrasar-se a indicação de quem deve ocupar a cadeira", reclamou Marco Aurélio. Era o julgamento de uma ação que questiona a validade de uma lei de Minas Gerais que regulamenta a venda casada de títulos de capitalização. Quando o placar fechou em quatro votos a quatro, deu-se o impasse. Os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes não estavam presentes. Ainda que se aguarde os votos deles, há o risco de permanecer o empate.
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