A associação de magistrados e promotores da Argentina respondeu, nesta segunda-feira (23), às acusações feitas pela presidente peronista populista e muito incompetente Cristina Kirchner no último sábado. Em carta publicada na internet, Cristina Kirchner afirmou que a manifestação que reuniu milhares de pessoas em Buenos Aires (mais de 400 mil) e em outras cidades do país, no último dia 18, foi o "batismo de fogo" do que chamou de "Partido do Judiciário". "Definitivamente, está aí o objetivo oculto e implícito da marcha: o 18 de fevereiro não é uma homenagem a um promotor morto, nem sequer um protesto insólito por Justiça, mas sim um batismo de fogo do Partido do Judiciário", escreveu a presidente. "É o Partido do Judiciário, que não disputa eleições e cujos membros não pagam impostos e têm suas funções e prerrogativas por uma vida. Digam-me se não têm vontade de serem juízes?" As declarações ressoaram entre políticos de oposição e governistas. Nesta segunda-feira (23), a Associação de Magistrados e Funcionários da Justiça Nacional publicou uma nota em que afirma que o Poder Judiciário não é golpista e não forma um partido. "O único partido a que pertencem os membros do Poder Judiciário é a Constituição", diz a nota. "Os que o acusam agora de partidarização foram os que pretenderam, sem sucesso, partidarizar o Poder Judiciário e a associação". A nota diz ainda que "as paixões e a irracionalidade do fanatismo devem dar lugar ao diálogo e à concórdia".
Nenhum comentário:
Postar um comentário