O senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, criticou nesta terça-feira (24) a omissão do governo brasileiro em relação à crise política que acomete a Venezuela. Para ele, o País adota uma postura conivente, silenciosa e vergonhosa. "A posição conivente e silenciosa do Brasil com tudo isso é inaceitável e ao meu ver, vergonhosa", afirmou Aécio Neves em discurso no plenário. Para o tucano, a presidente Dilma Rousseff não pode "sobre o princípio de não interferência nos assuntos internos de um país para deixar de agir em caso de tamanha gravidade". O senador fez referência à fala da presidente Dilma Rousseff na última sexta-feira (20) em que, questionada se não havia constrangimento em receber as credenciais da nova embaixadora venezuelana no Brasil, Maria Lourdes Urbaneja Durant, um dia após o ditador Nicolás Maduro ter pedido a prisão do prefeito da área metropolitana de Caracas, Antonio Ledezma, ela afirmou que era uma questão interna do país. O tucano disse ainda que o Brasil será cúmplice do governo de Maduro caso haja um "banho de sangue" no país vizinho. "Não será de se estranhar que em breve ocorra um banho de sangue na Venezuela e o Brasil pagará um alto preço pela sua omissão. Portanto, a omissão brasileira nos tornará cúmplices do que eventualmente ocorrer na Venezuela", disse Aécio Neves. Ele cobrou um posicionamento do Congresso já que disse não acreditar em uma mudança de postura da presidente Dilma Rousseff.
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