As ações da Petrobras abriram em forte queda nesta quarta-feira, após a agência de classificação de risco Moody’s rebaixar os ratings da empresa para grau especulativo, diante das investigações sobre corrupção e das pressões de liquidez. Com apenas quinze minutos de operação do mercado, as ações preferenciais (PN, sem direito a voto no Conselho) da estatal já caíam 6,5%, enquanto as ordinárias (ON, com direito a voto) recuavam 6%. No mesmo momento o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores do País, perdia 1,3%. Por volta de 11h45, os papéis PN e ON ainda derretiam: 6,49% (9,22 reais cada) e 6,06% (9,15 reais), respectivamente, depois de chegarem a cair mais de 7% no meio da manhã. O Ibovespa recuava 1,19% (51.256 pontos) no mesmo horário. O rating da dívida em moeda estrangeira da Petrobras foi rebaixado em dois degraus, passando de Baa3, que é a última nota da escala da Moody’s considerada grau de investimento, para Ba2. Além disso, a Moody’s manteve a classificação da estatal em revisão para novo rebaixamento. A Moody’s foi a primeira das três grandes agências de risco a cortar o rating da Petrobras para o nível especulativo (junk). Fitch e Standard & Poor’s avaliam a estatal atualmente como “BBB-”, no piso do nível de grau de investimento. Mas a Fitch colocou essa classificação em observação negativa, o que significa que um rebaixamento é possível nos próximos meses. Um segundo corte para junk pode ter um impacto significativo sobre títulos e ações da Petrobras, uma vez que muitos gestores de fundos só podem investir em empresas que são classificadas como grau de investimento por pelo menos duas agências de risco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário