O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul negou, liminarmente, o pedido de liberdade feito pela defesa do comissário Nilson Aneli, preso por suspeita de ligação com o traficante Alexandre Goulart Madeira, o Xandi, que foi executado em Tramandaí, no Litoral Norte, em 4 de janeiro, ao meio dia, quando fazia um churrasco. O Habeas Corpus foi analisado pela desembargadora Osnilda Pisa, que integra a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Ela é relatora do processo. Conforme o Tribunal de Justiça, no Habeas Corpus que impetrou o advogado José Cláudio de Lima da Silva destacou as qualidades profissionais de Aneli e explicou que por ter uma dívida de financiamento universitário ele foi obrigado a trabalhar em horário de folga para complementar renda, dando segurança privada o chefe de quadrilha de traficante Xandi. Segundo o advogado, Aneli estava de férias quando fez "vigilância externa da casa mencionada. E que no dia 04.01.2015, foi ao local para receber a remuneração correspondente aos dias em que trabalhou. No entanto, ao chegar à residência, encontrou os habitantes em pânico, numa confusão generalizada, explicada pelo fato de que, momentos antes, ali havia ocorrido o atentado a tiros que matou Alexandre Goulart Madeira, em visita à casa na ocasião". A desembargadora entendeu que a decisão que decretou a prisão preventiva está minimamente fundamentada na garantia da ordem pública. O comissário Aneli teve prisão preventiva decretada pela Justiça de Tramandaí e está preso desde segunda-feira. O comissário é investigado pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil (Cogepol) por sua relação com o traficante Xandi e sua quadrilha. Segundo testemunhas, Aneli trabalhava como segurança na casa em que o traficante foi executado. Ele faria proteção ao criminoso, além de fornecer armas ao grupo. (Zero Hora - jornalista Adriana Irion)
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