Um juiz do Egito classificou como "organização terrorista" as brigadas Ezzedin al- Qassamo, braço militar da organização islâmica também terrorista Hamas. A decisão, publicada neste sábado (31), responde a uma ação de um advogado que acusou as brigadas de estarem diretamente envolvidas em "operações terroristas" no Sinai. O mesmo advogado também acusava o movimento islamita de utilizar túneis clandestinos na fronteira entre Egito e Gaza para o tráfico de armas e os ataques contra a polícia e o exército. Desde que o exército egípcio derrubou o presidente islamita Mohamed Mursi em julho de 2013, as novas autoridades do país acusam terroristas do Hamas, que estão no poder na vizinha Faixa de Gaza, de ajudar os jihadistas que multiplicaram os atentados contra as forças de segurança na península do Sinai. O governo egípcio também acusa o grupo de respaldar a Irmandade Muçulmana, o movimento de Mursi. As Forças Armadas egípcias anunciam regularmente a destruição de vários túneis usados pelos contrabandistas e terroristas para transportar, principalmente, combustível e material de construção ao território palestino. Israel e Egito suspeitam que os túneis servem também para o transporte de armas e de terroristas islamitas. Em março do ano passado, o país proibiu a presença do Hamas no território egípcio e determinou o congelamento de seus ativos. Apesar da crise de relacionamento entre o Hamas e o governo do presidente Abdel Fattah al-Sissi, o Egito continua exercendo o papel tradicional de mediador entre o movimento terrorista islamico e Israel, como durante a última guerra de Gaza no verão de 2014.
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