O Iraque e seus aliados alcançaram ganhos significativos no combate aos militantes da Estado Islâmico (EI), matando milhares de combatentes e 50% dos principais comandantes da facção radical, disse nesta quinta-feira (22) o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry. A declaração foi feita enquanto uma coalizão internacional prometeu esforços mais duros contra a milícia e para interromper a disseminação da ideologia extremista. Durante um encontro da coalizão anti-EI em Londres, Kerry disse que tropas terrestres apoiadas por quase 2.000 ataques aéreos permitiram recapturar 700 km² de território e privaram os militantes de usar 200 instalações de petróleo e gás.
Kerry afirmou que o número de militantes mortos está em milhares. À rede de TV Al Arabiya, o embaixador dos Estados Unidos no Iraque, Stuart E. Jones, disse que estimados 6.000 combatentes foram mortos, afirmando que isso teve um impacto "devastador" sobre o EI. Segundo o secretário de Estado americano, a coalizão internacional "pode fazer melhor" para parar o fluxo de fundos e de militantes estrangeiros e da disseminação das ideias extremistas da facção, que tem sido citada por terroristas, incluindo o atirador que matou quatro reféns em um mercado kosher em Paris neste mês. Kerry se encontrou com o chanceler britânico, Philip Hammond, o premiê iraquiano, Haider al-Abadi, e autoridades de 21 países na conferência de um dia que teve o objetivo de aparar as diferenças de uma coalizão frequentemente dividida em relação à milícia, que controla amplas áreas no Iraque e na Síria. Abadi reclamou que armas e munições não têm chegado às forças iraquianas rápido o suficiente e acusou o mundo de não cumprir os compromissos de treinar as forças iraquianas. "Muito tem sido dito e falado, mas muito pouco (acontece) no terreno", disse ele nesta quarta-feira (21). Mas, depois da reunião desta quinta-feira, ele afirmou: "Pedi às pessoas por mais apoio e acho que meu apelo não passou despercebido".
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