Algumas faculdades privadas provedoras de cursos técnicos do Programa Nacional de Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) - uma das vitrines da campanha da presidente Dilma Rousseff - estão tendo de lidar com taxas de evasão que podem chegar a 50% ou 60%, segundo relataram seus coordenadores. Oficialmente, o índice de abandono dos cursos Pronatec é de 12,8% segundo o Ministério da Educação, que não considera como abandono estudantes que se inscreveram, mas não se matricularam no programa. Dilma costumava ressaltar em seus discursos de campanha que o Pronatec já teria atingido 8 milhões de matrículas - mas não contabiliza as desistências. "O problema da evasão é um dos nossos maiores desafios, Hoje, nossa taxa é de quase 60% e estamos implementando uma série de medidas para tentar reduzir isso", disse Júlio Araújo, que coordena os cursos do programa na Faculdade Sumaré. O Pronatec existe desde 2011, mas as faculdades privadas só passaram a ser habilitadas para oferecer seus cursos no final do ano passado. O governo paga para as faculdades particulares (além de outras instituições públicas e privadas) oferecerem cursos do Pronatec valores que costumam variar de R$ 5,00 a R$ 8,00 a hora/aula por estudante. Em um curso de 1000 horas, isso significa um custo total por aluno que pode chegar a R$ 8 mil. Como os repasses são condicionados a frequência dos estudantes, no caso de uma desistência, também são suspensos. Mas o governo não tem como recuperar o dinheiro já investido.
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