sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Barbosa promete ajuste na economia e aumento real do salário mínimo


Em sua primeira fala como novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa admitiu nesta sexta-feira que atual política fiscal chegou ao limite e que a economia brasileira não se recuperou totalmente da crise financeira mundial. Porém, afirmou que resultados dos ajustes pretendidos pelo governo serão sentidos rapidamente e citou como mudanças já anunciadas a elevação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e o pacote de endurecimento das regras para concessões de seguro-desemprego e abono salarial. Após receber o cargo da antecessora ,Miriam Belchior, ele evitou detalhar temas espinhosos como uma nova política de reajuste do salário mínimo – ponto que, segundo ele, será tratado “no momento oportuno” –, mas garantiu que continuará havendo aumento real para o salário mínimo até 2019. Nelson Barbosa admitiu que os ajustes a serem feitos na política econômica podem ter impactos negativos em curto prazo, mas afirma que eles são indispensáveis "para continuar nosso projeto de desenvolvimento econômico". Segundo ele, "a palavra de ordem é melhorar a qualidade do gasto público, sempre orientado para uma estratégia de desenvolvimento com redução das desigualdades". Embora o mercado tenha projeções de que a economia terá crescimento de apenas 0,55%, Nelson Barbosa afirmou que medidas econômicas adotadas pelo novo governo vão garantir o retorno da “confiança” perdida pelo mercado brasileiro. O ministro evitou estabelecer metas de crescimento para 2015 ou para os próximos anos. "As medidas que estão sendo adotadas darão resultado rapidamente. A economia vai absorver esses resultados e é possível que a gente volte a crescer num prazo rápido”, afirmou. “Não vamos definir prazo, mas o próprio mercado já prevê um crescimento maior em 2016”, completou ele. Nelson Barbosa disse que o aprimoramento da gestão pública depende também da valorização dos servidores e que manterá o diálogo com todas as carreiras do funcionalismo público, mas ressaltou que tudo se dará "dentro das limitações econômicas que temos". "Buscaremos equilibrar as justas demandas dos servidores com a nossa capacidade financeira", acrescentou.

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