Os novos titulares do Esporte, George Hilton (PRB), e da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), foram vaiados nesta quinta-feira, 1º de janeiro, diante da presidente Dilma Rousseff, durante a cerimônia de nomeação de ministros no Palácio do Planalto. O ex-presidente e alcaguete Lula X9 (ele delatava companheiros para o Dops paulista durante a ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr, em seu livro "Assassinato de reputações") chegou pouco antes de Dilma subir a rampa do Planalto e receber a faixa presidencial, em uma passagem relâmpago na cerimônia de sua afilhada política. A hostilização contra os ministros surgiu principalmente da área do salão nobre do Planalto reservada aos "movimentos sociais", na verdade Ongs petistas, que condenaram a indicação de Kátia Abreu para a pasta da Agricultura - a peemedebista é ligada ao agronegócio e considerada pela organização terrorista e clandestina Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) inimiga da reforma agrária e da demarcação de terras indígenas. “Eu nem ouvi (as vaias). Faz parte da democracia (as críticas), toda unanimidade é burra, isso é normal”, comentou a ministra, depois de posar para a foto oficial com a presidente e os colegas de ministério. Mais cedo, no Congresso Nacional, Kátia Abreu minimizou as críticas de integrantes do PT à indicação dela. “Nem Jesus Cristo agradou todo mundo”, afirmou. O novo ministro do Esporte é radialista, apresentador de televisão e animador que nunca tratou de esporte nos seus discursos na Câmara. Em 2005, foi flagrado no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, com 11 caixas de papelão com dinheiro e cheque que somavam cerca de R$ 600 mil. À época, foi expulso do PFL. A recepção mais calorosa do público de dentro do Planalto foi dirigida para os ministros petistas: Juca Ferreira (Cultura), Ricardo Berzoini (Comunicações) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário). Os três foram os mais aplaudidos. A presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, compareceu à posse da presidente, de quem é amiga pessoal, tentando evitar os holofotes. Assim como em 2011, a ex-ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, demitida após suspeitas de corrupção, acompanhou a solenidade no Planalto e foi bastante tietada. Lula X9 chegou ao Planalto com ares de popstar, tirando selfies com fãs. Amigos do ex-presidente disseram que o ex-presidente só desembarcou em Brasília para prestigiar a posse de Dilma, mas já havia avisado que não ficaria até o final da cerimônia. Ele está em férias e descansando numa praia. Quando Lula apareceu no salão nobre, não conseguiu disfarçar o mal-estar com o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Habituado a abraçar os interlocutores e dar longos tapinhas nas costas dos amigos, Lula apenas apertou a mão de Mercadante. Em seguida, virou-se para cumprimentar efusivamente o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. No PT, atribui-se a Mercadante a influência sobre Dilma, para que ela nomeasse Pepe Vargas, da tendência Democracia Socialista, na Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo com o Congresso. Com a decisão, o grupo de Lula, abrigado na corrente Construindo um Novo Brasil, perdeu espaço na “cozinha” do Planalto. Questionado se pretende voltar à Presidência da República em 2018, Lula X9 respondeu com um piscar de olho e uma saudação: “Feliz ano novo".
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