sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Setor público registra menor superávit para o mês de outubro desde 2002

O setor público brasileiro registrou superávit primário de 3,73 bilhões de reais em outubro, informou o Banco Central nesta sexta-feira. O resultado foi melhor que o esperado por analistas, cuja mediana apontava saldo positivo de 3,5 bilhões de reais. Foi o pior resultado para o mês desde 2002. A série histórica do Banco Central teve início em dezembro de 2001. O resultado é a soma da economia feita pelo governo central, Estados e municípios para o pagamento dos juros da dívida. No acumulado do ano, o setor público acumula um déficit primário de 11,557 bilhões de reais. No mesmo período do ano passado, as contas estavam no azul em 51,53 bilhões de reais, ou 1,28% do PIB. O resultado verificado este ano até agora é o pior da série histórica do Banco Central, iniciada em 2001. Na quinta-feira, o Tesouro Nacional divulgou os dados do governo central, que apontou um superávit de 4,9 bilhões de reais, também o pior resultado para outubro desde 2002. Em 12 meses até outubro, a economia feita para pagamento de juros foi equivalente a 0,56% do Produto Interno Bruto (PIB). Em setembro, o resultado havia ficado negativo em 25,49 bilhões de reais e, em agosto, em 14,46 bilhões de reais.

O Banco Central informou ainda que o déficit nominal ficou em 17,779 bilhões de reais no mês passado, enquanto a dívida pública representou 36,1%tem superávit do PIB. O esforço fiscal do mês passado foi composto pelo resultado positivo do governo central. Porém, houve impacto negativo das contas de governos regionais, que apresentaram déficit de 741 milhões de reais no mês. As empresas estatais também tiveram déficit primário de 434 milhões de reais.
A dívida líquida do setor público subiu para 36,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em outubro, ante 35,9% de setembro. Em dezembro de 2013, estava em 33,6% do PIB. Em números absolutos, a dívida pública terminou o mês passado em 1,842 trilhão de reais. Já a dívida bruta do governo encerrou o mês passado em 3,169 trilhões de reais, o que representou 62,0% do PIB. Em setembro, essa relação estava em 61,7% e, em dezembro do ano passado, em 56,7%. Por Reinaldo Azevedo

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