domingo, 2 de novembro de 2014
PriceWaterhouseCoopers exige demissão de Sérgio Machado da Transpetro para auditar as contas da Petrobras
A saída imediata de Sérgio Machado da presidência da Transpetro foi uma das condições impostas pela PriceWaterhouseCoopers para auditar o balanço da Petrobras. O assunto foi discutido em uma turbulenta reunião do conselho de administração da companhia, que ocorreu na última sexta-feira. Os dez conselheiros ficaram divididos sobre a decisão, que terá de ser costurada nesta segunda-feira, 3, para que o martelo seja batido na reunião extraordinária marcada para esta terça-feira, 4. A PriceWaterhouseCoopers é a auditora independente que avaliza os balanços operacionais e financeiros da Petrobras. O envolvimento da petroleira em denúncias de corrupção e as revelações feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, no processo de delação premiada da Operação Lava Jato, levaram a PriceWaterhouseCoopers a impor algumas exigências para referendar o balanço. Entre elas, a contratação de duas empresas independentes para atuar na investigação interna das denúncias - o que já foi providenciado pela Petrobras - e o afastamento do presidente da Transpetro. Sérgio Machado, ex-deputado e ex-senador, é aliado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) e desde o início do governo Lula, em 2003, preside a Transpetro, subsidiária de transporte e logística da Petrobras. Teve seu nome citado por Paulo Roberto Costa em depoimento à Polícia Federal. Paulo Roberto Costa afirmou que recebeu R$ 500 mil em dinheiro das mãos de Sérgio Machado dentro do esquema de pagamento de propina que, segundo denunciou, alimentou movimentações políticas com recursos vindo de empresas contratadas pela Petrobras. Paulo Roberto Costa disse que recebeu o dinheiro no apartamento de Machado, mas não se recordava da data exata, situando entre 2009 ou 2010.
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