Após ter o nome citado nas investigações da Operação Lava Jato como um dos integrantes do esquema de corrupção na Petrobras, o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, pediu licença do cargo nesta segunda-feira. Em depoimento à Justiça Federal, o ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, relatou que recebeu de Machado 500.000 reais de propina referentes a uma licitação de navios. Em nota, Sérgio Machado afirma que ficará afastado por 31 dias, sem receber salário. "Tomo a iniciativa de afastar-me temporariamente para que sejam feitos, de forma indiscutível, todos os esclarecimentos necessários", diz o texto. Sérgio Machado afirmou em reunião com diretores na tarde desta segunda-feira que está sendo "injustiçado". Coitadinho!!!!! "Apesar de toda uma vida honrada, tenho sido vítima nas últimas semanas de imputações caluniosas feitas pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, cujo teor ainda não foi objeto sequer de apuração pelos órgãos públicos competentes. A acusação é francamente leviana e absurda, mas mesmo assim serviu para que a auditoria externa da PriceWaterhouseCoopers apresentasse questionamento perante o Comitê de Auditoria do Conselho de Administração da Petrobras", segue a nota. "Trata-se de um gesto de quem não teme investigações. Pretendo com isso, também, evitar eventuais atrasos na divulgação do balancete do terceiro trimestre da Petrobras. Estou certo do pleno rigor e lisura de minha gestão na Transpetro, e tranquilo quanto ao curso das investigações. Tenho todo o interesse de que tudo seja averiguado rapidamente", encerra. Ex-senador, Sérgio Machado é afilhado político do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). Por causa do seu envolvimento, a presidente petista Dilma Rousseff já havia cogitado demiti-lo do cargo. Por que ainda não o fez? O PMDB, no entanto, impediu a exoneração, alegando que o mesmo tratamento fosse dado aos petistas também citados na Lava Jato, como o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto. Na semana passada, Vaccari disse que deixaria o posto no conselho de administração da Itaipu. O afastamento imediato de Sérgio Machado foi uma das exigências impostas pela PriceWaterhouseCoopers para realizar a auditoria de contratos da subsidiária de transporte e logística da Petrobras. A Price é uma auditora independente que avaliza os balanços comerciais e financeiros da estatal. Nos bastidores, o PMDB acredita que ele deve sair de cena temporariamente até que a investigação comprove a sua inocência, para depois reaver o cargo. Tudo jogo de cena!!!
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