Os contratos futuros de petróleo alcançaram o menor preço em três anos nesta terça-feira, após a Arábia Saudita surpreender os mercados no começo da semana ao cortar o preço de seu petróleo bruto vendido nos Estados Unidos. Os contratos futuros encerraram a sessão com queda de 2,16%, para 82,95 dólares por barril, depois de recuarem 3,7%, para 75,84 dólares por barril, o menor nível desde 4 de outubro de 2011. "Aparentemente, a Arábia Saudita está agora se concentrando mais em defender sua participação no mercado dos Estados Unidos", disseram analistas do Commerzbank em nota. Eles ressaltaram a decisão pode representar um problema para o Canadá, México e Venezuela, que são outros dos principais fornecedores de petróleo para os Estados Unidos, e para produtores de petróleo de xisto. Os analistas acrescentaram que é provável que a Venezuela, em particular, entenda a queda do preço do petróleo como uma afronta: "O país abastece principalmente o mercado norte-americano e foi um dos poucos membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) a exigir que sejam tomadas medidas para escorar os preços de petróleo". A OPEP muitas vezes ajusta os níveis de produção para sustentar os preços. Mas, diante de um excesso global de petróleo, o bloco não chegou a um consenso sobre o corte na produção mesmo com a queda dos preços. De acordo com David Hufton, da PVM, a OPEP deve permitir que os preços "caiam para o nível que vai estimular a demanda e desencorajar nova oferta".
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