segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Ministério Público Eleitoral entra com recurso contra escolha de Gilmar Mendes para relatar contas de Dilma

Ministro Gilmar Mendes profere seu voto no julgamento de ação contra cotas raciais na UnB

A Procuradoria-Geral Eleitoral recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral contra a decisão de redistribuir livremente o processo de prestação de contas da campanha à reeleição de Dilma Rousseff. O processo que reunia os dados de arrecadação e despesas da campanha da presidente-candidata em 2014 estava a cargo do ministro Henrique Neves, que deixou o tribunal na última quinta-feira. Com isso, diz o Ministério Público Eleitoral, o caso deveria ser repassado a um ministro da mesma classe de Neves, ou seja, da classe dos advogados indicados para compor a Corte, e não indiscriminadamente a qualquer magistrado do TSE. De acordo com o parecer do Ministério Público Eleitoral, a prestação de contas deveria sair da responsabilidade do ministro Gilmar Mendes, que herdou o processo de Henrique Neves, e passar para as mãos do ministro-advogado Admar Gonzaga. Em tempo: Gonzaga foi um dos principais integrantes do núcleo jurídico da campanha da petista nas eleições de 2010.

Um comentário:

Carlos U Pozzobon disse...

Esta notícia revela o lado macabro do petismo: o aparelhamento do TSE, e mais, a confirmação das suspeitas sobre os procedimentos dos órgãos públicos com relação a apuração de votos da eleição de 2014. Veja bem, se uma instância do judiciário reclama da designação de um magistrado do TSE para análise dos gastos de campanha PT, significa que esta parte do judiciário já sabe antecipadamente que existem irregularidades que só poderia ser abafada por ela mesma.