No governo desde 2005, o secretário-executivo do Ministério das Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou nesta sexta-feira que, por enquanto, não existe nenhum convite para permanecer no novo mandato da presidente Dilma Rousseff. Se nada mudar, o engenheiro da Eletrobras diz que se reapresentará à Eletrosul, em Santa Catarina, no dia 2 de janeiro. "Se fui para o ministério foi porque alguém me convidou. Se você tem agora um novo governo, não existe nenhum convite e eu estou voltando para a minha empresa (Eletrosul). Dia 2 de janeiro estou indo me apresentar, senão descontam do meu salário", afirmando que deve voltar à sua base porque pretende continuar na ativa. O executivo, entretanto, não descartou permanecer no governo Dilma caso receba um convite até 31 de janeiro, quando termina seu contrato. Zimmermann chegou ao governo do PT em 2005, ainda no primeiro mandato do presidente Lula, para ocupar a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia. Em março de 2010, foi promovido ao cargo de ministro das Minas e Energia após a saída de Edison Lobão, que deixou o governo na época para se candidatar ao Senado. Com a volta de Lobão ao comando do ministério, em 2011, ele assumiu a Secretaria Executiva da pasta. Desde então vem atuando como interino do ministro. Lobão tem se mantido afastado da pasta desde que VEJA revelou o nome dele entre os beneficiários do esquema de desvios da Petrobras comandado pelo ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa. Embora muitos dêem como certa a saída de Lobão da pasta, Zimmermann evitou comentar os rumores de que o ministro estaria demissionário. Minas e Energia é visto como a "pasta enxaqueca" pois, além de escândalos envolvendo a Petrobras, o País enfrenta um momento de grave crise energética que resultará quase certamente em apagões e racionamento entre janeiro e fevereiro.
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