Os tentáculos do PETROLÃO chegam ao Rio Grande do Sul. O candidato a deputado estadual eleito no Rio Grande do Sul na eleição deste ano, FÁBIO DE OLIVEIRA BRANCO, pelo PMDB, entregou a sua “Prestação de Contas” da campanha eleitoral ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul, na data de 04/11/2014, conforme Protocolo nº 155500700000RS1507163. O valor total da RECEITA da campanha de FABIO BRANCO corresponde ao montante de R$ 470.310,00 (quatrocentos e setenta mil e trezentos de dez reais). Na antepenúltima linha da “Prestação de Contas” da campanha eleitoral do candidato FÁBIO DE OLIVEIRA BRANCO consta o nome da empresa TOYO SETAL EMPREENDIMENTOS LTDA., CNPJ no. 15.563.826/0001-36, data de 05/09/14, recibo eleitoral no. 155500700000RS000010, transferência eletrônica nº 5745201 no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). A TOYO SETAL EMPREENDIMENTOS LTDA realiza atividades de projeto, construção e montagem na modalidade de EPC (Engenharia, Suprimentos e Construções), em unidades industriais, nos segmentos de óleo e gás, petroquímica, química, mineração, infraestrutura, plantas de geração de energia e siderurgia. A TOYO SETAL EMPREENDIMENTOS LTDA é a primeira empresa a assinar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal nas investigações da Operação Lava-Jato. Um de seus executivos, Júlio Camargo, aderiu ao acordo. Agora, a empresa se colocou à disposição e o acordo pode envolver vários executivos do primeiro escalão. A TOYO SETAL EMPREENDIMENTOS LTDA tem contrato de R$ 1,1 bilhão com a Petrobras no projeto Comperj, e de R$ 2,09 bilhões na montagem de uma unidade de fertilizantes em Uberaba, no
Triângulo Mineiro. Outra empresa do grupo, a EBR Estaleiros do Brasil, participa da obra da plataforma P-74 e seu estaleiro deve ser feito no Rio Grande do Sul com recursos do Fundo da Marinha Mercante. Júlio Camargo foi apontado pelo doleiro ALBERTO YOUSSEF como o contato da empresa para participação no esquema de corrupção. Três empresas em nome de Camargo - Treviso, Piemonte e Auguri - fizeram depósitos em contas de empresas de fachada usadas pelo
doleiro. Elas também teriam sido usadas para esquentar dinheiro - ou seja, justificar valores que YOUSSEF aplicava em negócios dos setores imobiliário e hoteleiro. Para isso, eram utilizados contratos de mútuo, uma modalidade de empréstimo entre empresas no qual não é cobrado juro e a contrapartida é apenas o pagamento em determinada data. Pelo menos três destes contratos de mútuo foram apreendidos no escritório da contadora de Youssef, Meire Poza. Dois deles, da Auguri e da Piemonte, somaram R$ 1,580 milhão. Um terceiro, no valor de R$ 1,850 milhão, foi feito pela
Treviso. Anotações no livro da contadora mostram que os valores podem ser bem maiores, pois são atribuídos contratos de mútuo de R$ 4,4 milhões apenas à Treviso. A TOYO SETAL EMPREENDIMENTOS LTDA e as empresas de Camargo também foram doadoras de campanhas políticas. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, na campanha deste ano a Toyo Setal doou R$ 2 milhões para o comitê do PR e R$ 150 mil para três candidatos a deputado federal pelo PT, Benedita da Silva (RJ), Henrique Fontana Junior (RS) e Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira (RJ). No Rio Grande do Sul, a TOYO SETAL foi a maior doadora da campanha do candidato a deputado estadual pelo PMDB, FÁBIO DE OLIVEIRA BRANCO. A TOYO SETAL EMPREENDIMENTOS LTDA é uma das empresas do CARTEL DA PETROBRÁS e participa do ESQUEMA do PETROLÃO. O
executivo Julio Camargo, apontado como elo de empreiteiras com o ESQUEMA DE CORRUPÇÃO NA PETROBRÁS, aceitou pagar multa de R$ 40 milhões no âmbito da delação premiada que fechou com o Ministério Público Federal, segundo os investigadores da Operação Lava Jato. Camargo depôs para três procuradores da República e um delegado da Polícia Federal. Julio Camargo falava em nome da Toyo Setal Empreendimentos, que se dispõe a colaborar com as investigações. Ele é o terceiro alvo da Lava Jato que firma acordo de delação premiada. Julio Camargo temia ser preso a qualquer momento pela Lava Jato, que entrou em sua segunda etapa, agora concentrando fogo nas empreiteiras. Apavorado, Camargo resolveu contar o que sabe. Seu relato confirma a existência do cartel das construtoras na Petrobrás. O grande conluio já havia sido revelado por Paulo Roberto Costa, mentor do esquema de propinas da estatal. Camargo já confirmou o envolvimento direto de pelo menos duas gigantes da construção. A TOYO SETAL EMPREENDIMENTOS LTDA e Julio Camargo aparecem em uma planilha que a Polícia Federal apreendeu. Agora se descobre que a campanha eleitoral do candidato a deputado estadual FÁBIO BRANCO, do PMDB, foi abastecida com dinheiro do ESQUEMA do PETROLÃO, de empresa envolvida no CARTEL DA PETROBRÁS e na OPERAÇÃO LAVA JATO e do DOLEIRO ALBERTO YOUSSEF. O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul deve analisar esse financiamento eleitoral ao candidato FÁBIO BRANCO, DOAÇÃO de CAMPANHA de empresa envolvida em CORRUPÇÃO, LAVAGEM DE DINHEIRO, CARTEL DE EMPRESAS, PROPINAS e DOAÇÃO ELEITORAL a políticos, assim como deve ser noticiada a POLÍCIA FEDERAL, o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, e o MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL. Outra empresa doadora do esquema da OPERAÇÃO LAVA JATO é nada menos nada mais do que a REVITA ENGENHARIA S/A, conforme declarou a contadora Meire Poza. A REVITA ENGENHARIA S/A á época tinha por presidente Carlos Alberto de Alves Almeida Junior. Recentemente foi ajuizada ação criminal contra ele por formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro no contrato do lixo da prefeitura de Rio Grande. Esse ex-presidente da REVITA também foi indiciado em processo de improbidade administrativa, juntamente com a empresa, no município de Montes Claros, Minas Gerais.
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