Três ex-executivos do banco Monte dei Paschi, considerado o mais antigo do mundo, foram presos na última sexta-feira por esconderem um contrato de derivativos que ajudou a ocultar perdas financeiras da instituição. O ex-presidente Giuseppe Mussari, o ex-CEO Antonio Vigni e o ex-CFO Gianluca Baldassarri foram condenados a três anos e meio de prisão e ao pagamento dos danos. O Banco Central da Itália impôs uma multa de 5 milhões de euros aos executivos. O presidente da autoridade monetária italiana, Ignazio Visco, afirmou em discurso que as dificuldades do banco, fundado em 1492, estavam em grande parte relacionadas com episódios de má administração. O contrato de derivativos foi encontrado na sede do Monte dei Paschi, em Siena, depois que os executivos deixaram o banco, em 2012, por causa de seu desempenho financeiro ruim. Os prejuízos causados pela má gestão e por possíveis fraudes foram enormes. O Banco Central Europeu informou em outubro que o Monte dei Paschi precisou levantar 2,1 bilhões de euros para compensar um déficit em fundos que poderiam ser utilizados caso houvesse uma crise financeira ou uma severa desaceleração econômica. O Monte dei Paschi registrou o maior déficit entre os 130 bancos analisados pelo Banco Central Europeu. A instituição rebateu dizendo que contratou o UBS e o Citigroup como consultores financeiros para ajudá-la a elaborar um plano para aumentar o capital e avaliar “todas as alternativas estratégicas”. As alternativas podem incluir, sobretudo, uma fusão com um banco mais consolidado.
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