terça-feira, 4 de novembro de 2014
Advogado-Geral da União, o petista Luiz Adams, diz não ver "subordinação" no Supremo
A relação de ministros do Supremo Tribunal Federal com o presidente da República que os indicou não é de subordinação, disse nesta segunda-feira, 3, o advogado-geral da União, o ministro petista Luís Inácio Adams. Naturalmente, Adams não iria admitir que esse é um dos objetivos estratégicos do Foro de São Paulo, ao qual ele serve. Embora a Corte, atualmente, seja composta majoritariamente por ministros indicados pelos governos do PT, seus integrantes exercem a função com “total respeito e responsabilidade”, no entendimento do AGU. “Não há ninguém na sociedade hoje que ache que eles são subordinados à Presidência”, disse o ministro. Essa é uma grande bobagem e enganação dele. Milhões de brasileiros acham que o Supremo é subserviente ao governo petralha. Sete dos dez atuais ministros da Corte foram nomeados pelo ex-presidente e alcaguete Lula (ele delatava companheiros para o Dops paulista durante a ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr, em seu livro "Assassinato de reputações") ou pela presidente também petista Dilma Rousseff. Há a vaga de Joaquim Barbosa aberta, que, quando preenchida, vai aumentar o número de indicados pelo PT para oito. Até o fim do segundo mandato de Dilma, apenas Gilmar Mendes deve permanecer como indicado por gestões anteriores ao PT - ele foi indicação de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Gilmar Mendes alerta para a importância de que o Supremo “não se converta em uma corte bolivariana”, que “venha a cumprir e chancelar o que o governo quer”. Adams não concorda com Gilmar Mendes, naturalmente, e cita o desempate a favor dos réus do Mensalão do PT na aceitação dos embargos infringentes. Foi do decano da Corte, Celso de Mello, indicado por José Sarney, o voto de desempate: “Todos os indicados por Dilma e por Lula têm exercido com zelo sua função. Não vejo essa suposta subordinação". Já Marco Aurélio Mello vê as declarações de Gilmar Mendes como um “alerta”: “Realmente implica uma concentração muito grande". Ele lembra que a nomeação “dos mais novos” resultou na absolvição de réus do Mensalão do PT do crime de formação de quadrilha.
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