Nada mudou na pesquisa Datafolha. Tudo segue como na semana passada, mas a situação melhorou para o tucano Aécio Neves, já digo por quê. Segundo o instituto, se a eleição fosse hoje, ele teria 51% dos votos válidos, contra os mesmos 49% dela. Brancos e nulos somam 6%, mesmo percentual dos que dizem que não votarão em ninguém. Considerado o conjunto dos votos, o tucano variou de 46% para 45% na semana passada, e a petista, de 44% para 43% — ambos oscilaram 1 ponto para baixo, dentro da margem de erro, que é de 2 pontos para mais ou para menos. O Datafolha ouviu 9.081 eleitores em 366 municípios. O nível de confiança do levantamento é 95% (em 100 pesquisas com a mesma metodologia, os resultados estarão dentro da margem de erro em 95 ocasiões). O registro do estudo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é BR 01098/2014. Daqui a pouco, o Jornal Nacional divulga os números do Ibope. Duvido que sejam diferentes disso.
Ele leva uma ligeira vantagem nos dados, digamos, laterais. O índice dos que dizem que votarão com certeza em cada um dos candidatos é o mesmo: 42%. Ocorre que 18% dizem que podem votar em Aécio, contra 15% que afirmam o mesmo sobre Dilma. A rejeição a ela é ligeiramente maior do que a dele: 42% a 38%. Sim, tudo está na margem de erro, mas é muito provável que a situação seja favorável ao tucano.
Muito bem: por que afirmo que Aécio está melhor hoje do que na semana passada? Porque, até agora, ele não havia apanhado tanto no horário eleitoral gratuito. Como o PT havia se ocupado em desconstruir Marina Silva, ele havia ficado um pouco de lado. Agora, o alvo da campanha suja é ele — e põe campanha suja nisso! O levantamento foi feito nestas terça e quarta e, portanto, já sob o impacto, tendo havido algum, do debate havido na Band.
O PT já investiu contra FHC, já investiu contra o governo de Minas, já tentou provocar uma guerra do Nordeste contra o Sudeste… Até agora, sem efeito nenhum.
Outro elemento pode contar em favor do tucano, mas aí não se trata de ciência, de lógica, de nada, apenas de fatos informados pela história, que podem ou não se repetir: petistas têm sempre menos votos do que lhes conferem as pesquisas, e tucanos, sempre mais. Por que tem sido assim? Por causa da patrulha que os “companheiros” exercem na rua, na chuva, na fazenda, numa casinha de sapé ou nas redes sociais. Por incrível que pareça, existe um voto antipetista que tem medo de dizer seu nome. Por Reinaldo Azevedo
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