segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Tião Viana é reeleito e mantém hegemonia do PT no Acre
O petista Tião Viana venceu neste domingo a eleição para o governo do Acre – e manterá a hegemonia do partido no comando do Estado. Com 99% das urnas apuradas, o atual governador soma 195.380 votos, ou 51,30% dos votos válidos. Márcio Bittar (PSDB) ficou com 185.445 votos, ou 48,70%. Com menos três horas em relação ao horário de Brasília, o Acre foi o último Estado a anunciar o desfecho da eleição para o governo. O PT governa o Acre desde 1999, com a eleição no ano anterior de Jorge Viana, irmão do governador e hoje senador. A candidatura do petista esteve ameaçada até meados de setembro, quando o Tribunal Superior Eleitoral negou um pedido de cassação do diploma político de Viana impetrado pelo Ministério Público Eleitoral. O MPE acusava o governador de abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação durante a campanha eleitoral de 2010. Em 17 de outubro, o Ministério Público Federal do Acre denunciou dois servidores públicos acusados de fraudar licitações na área de saúde pública do Estado - entre eles, o sobrinho de Tião, Tiago Viana Neves Paiva. A ação é o primeiro desdobramento da Operação G7 da Polícia Federal, deflagrada em maio do ano passado. Tiago, ex-diretor de análises clínicas da Secretaria da Saúde teria favorecido a empresa CENTTRO Medicina Diagnóstica Ltda em licitação para a implantação do Sistema de Digitalização de Imagens Radiológicas em unidades de saúde estaduais com verba federal oriunda do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele e Edilene Dulcila Soares, pregoeira responsável pela concorrência, foram denunciados em ação penal e de improbidade administrativa. Se condenados, podem pegar pena máxima de sete anos de prisão.Deflagrada em maio do ano passado, a operação G7 da Polícia Federal prendeu quinze pessoas, entre empreiteiros e funcionários públicos, acusadas de fraudar licitações de obras públicas. Entre os acusados, estava o secretário estadual de Obras do Acre, Wolvenar Camargo Filho. Segundo a PF, o cartel era formado entre empreiteiras que apenas simulavam a concorrência entre si. As empresas são suspeitas de financiar campanhas de Tião Viana e de seu irmão, Jorge Viana.
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