José Serra participa de carreata de Aécio Neves em campanha no Rio de Janeiro (RJ) (Ricardo Moraes /VEJA)
Representações partidárias ligadas ao movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) divulgaram uma carta de apoio ao candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves. As representações são de partidos da base do tucano e do próprio PSDB: Diversidade Tucana (PSDB), PV Diversidade (PV), PPS Diversidade (PPS), PTB Diversidade (PTB), LGBT Socialista (PSB) e Rede Diversidade (Rede) - este último, do projeto de partido da ex-ministra Marina Silva. No documento, são ressaltados pontos do programa de Aécio Neves considerados como avanços pela comunidade LGBT, além de retrocessos recentes na pauta de igualdade para pessoas com diferentes orientações sexuais. Apesar do apoio, as representações criticam a aproximação do candidato de figuras políticas consideradas conservadoras e homofóbicas. "Gostaríamos de cobrar do candidato uma posição mais firme de comprometimento com nossas reivindicações e uma fala decisiva anti Levy Fidelix, Malafaia, Bolsonaro e Feliciano em seu possível governo", disse Vanderlei Fernandes, da Rede Diversidade. O candidato à Presidência derrotado em primeiro turno Levy Fidelix declarou apoio a Aécio. Em debates do primeiro turno, Levy fez declarações consideradas homofóbicas que geraram uma série de protestos. O líder evangélico pastor Silas Malafaia, o deputado e também pastor Marco Feliciano (PSC), representante do Ministério Madureira, braço da Assembléia de Deus, e o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), campeão de votos no seu Estado, também apoiam o candidato do PSDB à Presidência. Entre os principais pontos elogiados pelas representações partidárias estão os compromissos do programa de Aécio Neves com a ampliação dos direitos de LGBT e do Programa Brasil sem Homofobia. Em relação aos retrocessos recentes, o documento cita o recuo na propaganda de prevenção à aids para casais gays, apesar de o governo atual ter registrado elevação de 11% nos casos de contaminação; além do que chamam de "enterro" da lei que criminaliza a homotransfobia, por iniciativa da Secretaria de Relações Institucionais. A carta também critica as diretrizes de governo da campanha à reeleição de Dilma Rousseff (PT) por usar o termo "opção sexual". "É um claro aceno às forças que lutam contra os avanços da cidadania LGBT, já que o termo é notoriamente rechaçado pelos movimentos sociais", diz o texto.
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