O deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA) (Divulgação/Câmara dos Deputados/VEJA)
O deputado Marcos Rogério (PDT-RO), relator do processo contra o deputado Luiz Argôlo (SD-BA) no Conselho de Ética da Câmara, recomendou nesta terça-feira a cassação do mandato do parlamentar. Argôlo responde a dois processos por quebra de decoro parlamentar pelas revelações de sua estreita relação com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato. Ele é acusado de receber dinheiro em troca de favores ao doleiro e de ter usado recursos da Câmara para viajar e se encontrar com Youssef. O parecer deve ser votado na próxima quarta-feira porque os deputados Pastor Eurico (PSB-PE) e José Carlos Araújo (PSD-BA) pediram vista do caso. Após ser analisado pelo Conselho de Ética, o parecer segue para análise do plenário da Casa. Segundo o relatório, Argôlo atuava "ora como cliente de Alberto Youssef, recebendo dinheiro para si próprio e outros beneficiários, ora como sócio". No documento, ele afirma que o parlamentar intermediava contatos com empresas e pedia ajuda ao doleiro para interferir em licitações. "Suas relações com Alberto Youssef, longe de serem apenas referentes à venda de um imóvel, envolveram tráfico de influência, a prática de negócios e pagamentos ilícitos, bem como possivelmente corrupção e lavagem de dinheiro. Tais atividades levaram o representado ao cometimento de atos claramente contrários à ética e ao decoro parlamentar."
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