terça-feira, 14 de outubro de 2014
PT cobra de Haddad a fatura pela derrota de Padilha em São Paulo
O clima entre o PT e o prefeito Fernando Haddad azedou. Na sexta-feira passada, o presidente estadual do partido, Emidio de Souza, e o ex-candidato petista ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, foram à Prefeitura fazer um balanço da campanha com o prefeito. Depois de certo tempo de conversa, os ânimos ficaram exaltados, a ponto de assessores terem percebido o clima ruim. O prefeito levantou a voz para Emidio, que cobrava a fatura da derrota de Padilha. Os petistas acham que Haddad não se empenhou como deveria, que sua gestão na Prefeitura não serviu de vitrine para a campanha em São Paulo, principalmente no eleitorado de mais baixa renda que vota no PT, e que ele não fez pontes com potenciais doadores de campanha. Na conversa, sobrou para o presidente do PT, Rui Falcão, que defendeu o afastamento de Haddad da Prefeitura para mergulhar na campanha de Padilha antes do primeiro turno – idéia que o prefeito não abraçou, mas que agora também é apresentada como dívida. Haddad não gostou das cobranças dos “aliados” e criticou o PT. Durante a eleição, Lula reclamou da postura de Haddad, considerada pelos petistas pouco colaborativa e distante das demandas do partido. Os integrantes do PT politizam a posição do prefeito: ele não teria se empenhado por Padilha porque quer se candidatar ao governo do Estado em 2018. Quanto menos gente na fila, melhor. Aliados de Haddad negam que ele tenha pretensões eleitorais e dizem que ele sequer fala da própria reeleição em 2016.
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