João Vaccari Neto, bancário, tesoureiro do PT, ex-presidente da Bancoop, em 2010 (Sergio Dutti/AE/VEJA)
Arrastado para o centro do escândalo do petrolão, o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, vai pedir afastamento do cargo que ocupa no Conselho de Administração da Itaipu Binacional. Embora o grupo de conselheiros se reúna apenas a cada dois meses, conforme o regimento da usina, o partido alega que a decisão se deve a “cansaço”. Vaccari foi apontado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa de ser o elo do PT com o megaesquema de desvio de dinheiro da estatal, mas continua a fazer parte, oficialmente, do grupo de conselheiros da hidrelétrica indicados pelo governo federal. Vaccari comunicou ao partido que deixará o cargo de confiança antes de terminar seu mandato de quatro anos. As reuniões do conselho ocorrem alternadamente, no Brasil e no Paraguai. Ele recebe cerca de 20.000 reais mensais pela função. "Eu sei pelo Vaccari, meses atrás, que ele não pretende continuar. Na próxima reunião do conselho de Itaipu ele vai comunicar a saída dele no final do governo Dilma, embora o mandato dele vá até 2016", disse o presidente nacional do PT, Rui Falcão. "Ele está lá desde 2002, está cansado e quer se dedicar integralmente [ao partido]. Está cansado de se dividir entre atividades diferentes". Por enquanto, o partido poupou Vaccari. A presidente Dilma esquiva-se de comentar o caso do tesoureiro, afirmando não ter mandato para falar sobre decisões do partido - ele, no entanto, tem funções de confiança na campanha. Falcão disse que as acusações contra o tesoureiro são "vagas" e que "não há nenhuma razão para afastá-lo da sigla".
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