sábado, 18 de outubro de 2014
Prefeitura de Belo Horizonte sob comando petista empregou ex-marido de Dilma
Além do irmão Igor Rousseff, o ex-marido da presidente Dilma (PT) Cláudio Galeno de Magalhães Linhares integrou o quadro da prefeitura de Belo Horizonte como funcionário comissionado. Ele exerceu cargo de confiança por cinco anos durante a administração do petista Fernando Pimentel (PT), recém-eleito governador de Minas Gerais, e de seu sucessor e então aliado Marcio Lacerda (PSB). Galeno atuou como consultor técnico especializado, nomeado para atuar diretamente no gabinete do prefeito, com salário que chega hoje a R$ 13.569,68. A nomeação do ex-marido de Dilma ocorreu em maio de 2005. Quatro anos depois, em janeiro de 2009, quando o mandato de Pimentel se encerrou, ele foi exonerado do cargo. Galeno voltou à prefeitura em abril de 2009, já na administração do recém-eleito Lacerda, dessa vez como gerente de primeiro nível da Gerência de Acompanhamento de Colegiados. O salário para esse cargo atualmente é de R$ 8.544,04. Segundo reportagem do Correio Braziliense, na gestão de Lacerda, que em seu primeiro mandato era apoiado pelo PT e pelo PSDB, Galeno integrou o Comitê Governamental de Gestão Participativa e também o Conselho Fiscal da Belotur, empresa municipal de turismo. Ele saiu da prefeitura em 5 de julho de 2010, data da publicação de sua exoneração no Diário Oficial do Município. Dilma Rousseff, Cláudio Galeno e Fernando Pimentel, que foi também ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior da presidente, eram amigos da época de juventude em Belo Horizonte. Na década de 1960, eles militavam no Comando de Libertação Nacional (Colina), organização de esquerda que combateu a ditadura militar. Galeno e Dilma se casaram em 1967, em um cartório civil com a presença de familiares e poucos amigos. O casamento não durou mais de dois anos. Em 1969, os dois militantes, já na clandestinidade, fugiram da capital mineira para o Rio de Janeiro. Pouco depois, Galeno foi para o Rio Grande do Sul, a pedido do Colina, e Dilma continuou no Rio de Janeiro. O militante participou, no ano seguinte, de sequestro de avião em Montevidéu, no Uruguai, e ficou refugiado em Cuba. Assim como Dilma, Galeno se casou novamente.
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