Trabalhadores fazem manutenção em rede elétrica na zona sul de São Paulo (Reinaldo Canato/VEJA)
O preço de energia de curto prazo voltou a subir ao patamar mais alto permitido para o ano, a 822,83 reais o megawatt, diante da redução da estimativa de chuvas que deverão chegar aos reservatórios das hidrelétricas em outubro em todas as regiões do Brasil. A energia consumida pelas residências é proveniente de um mercado regulado pelo governo. As distribuidoras que repassam a energia ao consumidor a compram em leilões promovidos pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que estabelece o preço a ser pago por megawatt levando em conta as perspectivas de demanda das próprias companhias. Quando a demanda excede a oferta, as distribuidoras são obrigadas a comprar no mercado de spot, também chamado de curto prazo, onde os preços são mais caros e sofrem grandes oscilações. No início do ano, o preço do megawatt ficou no patamar de 800 reais até abril. Todas as regiões do país ainda terão afluências bem abaixo da média em outubro, com exceção do Sul, e o nível dos reservatórios na região Sudeste/Centro Oeste pode chegar ao final do mês a 19%, segundo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) — que seria o pior nível mensal já verificado pelo menos desde 2000. A baixa pluviosidade desde o ano passado mantém represas do país em níveis baixos históricos. No Sudeste/Centro Oeste o nível atual de 22,09 por cento já é o mais baixo entre as represas brasileiras desde o ano do racionamento, em 2001. O governo federal descarta racionamento atualmente e afirma que o risco de haver qualquer déficit de energia em 2015 está abaixo do patamar máximo aceitável de 5%. A expectativa de meteorologistas era de que as chuvas voltassem a ocorrer a partir das duas últimas semanas de outubro no Sudeste/Centro-Oeste, intensificando-se com o início do período úmido em novembro. Mas, segundo o Informe do Programa Mensal de Operação (PMO) do ONS divulgado nesta sexta-feira, as chuvas previstas em outubro para o Sudeste/Centro-Oeste, que concentra os principais reservatórios de hidrelétricas do País, deverão ser de apenas 67% da média histórica para o período.
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