quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Petista Lindbergh formaliza apoio a Crivella contra Pezão no Rio de Janeiro
O senador Marcelo Crivella (PRB), que disputa com Luiz Fernando Pezão o segundo turno das eleições estaduais no Rio de Janeiro, recebeu na tarde desta quarta-feira o apoio de Lindbergh Farias, candidato do PT derrotado na disputa. Lindbergh e a cúpula do PT no Rio de Janeiro fizeram ato de adesão à campanha de Crivella, com quem, durante o primeiro turno, o senador petista chegou a atuar em dobradinha em diversos debates na televisão. Incluído o apoio de Anthony Garotinho (PR), obtido na terça-feira, Crivella uniu os principais adversários derrotados no primeiro turno contra o PMDB. O candidato do PSOL, Tarcísio Motta, é exceção, porque o comando do partido já declarou que deve permanecer neutro. Durante a comemoração da aliança, em ato na Associação Comercial do Rio de Janeiro, na região central da cidade, Crivella criticou, em discurso a militantes petistas, o apoio duplo de Pezão ao candidato à Presidência da República do PSDB, Aécio Neves, e à presidente-candidata Dilma Rousseff (PT). Crivella chamou de “palanque hermafrodita” o apoio de Pezão. “Não temos um palanque de duas caras, um palanque hermafrodita. Aqui temos cara e vamos vencer a eleição com a nossa presidente”, afirmou Crivella, ex-ministro da Pesca no governo Dilma. De acordo com a versão oficial divulgada pelo partido, Dilma permanecerá neutra na disputa entre Pezão e Crivella. Formalmente, a resolução aprovada pelo diretório regional do PT libera os correligionários a escolher qual candidato apoiar. Mas o presidente do PT no Rio de Janeiro, Washington Quaquá, diz ter a adesão de 90% do partido à campanha de Crivella. Lindbergh promete participar de atos de campanha com o ex-adversário. “Não discutimos participação no governo. Queremos eleger Crivella”, afirmou Quaquá. Mas Pezão conta com dissidentes e espera obter, como no primeiro turno, o apoio de 10 dos 11 prefeitos do PT do Estado do Rio de Janeiro. Quaquá, prefeito de Maricá, insinuou que Pezão obteve apoio dos outros governantes municipais do partido por manipular politicamente a liberação de verbas às prefeituras. “Estou com uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) sem receber um real do governo Pezão há cinco meses. Por isso os prefeitos o apoiam”, afirmou.
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