A presidente argentina Cristina Kirchner (Enrique Marcarian/Reuters/VEJA)
Políticos de oposição na Argentina reagiram ao discurso confuso e paranóico da presidente peronista populista e muito incompetente Cristina Kirchner proferido na noite de terça-feira. Ela afirmou, entre outros absurdos, que os Estados Unidos podem estar por trás de um complô para derrubá-la ou até mesmo matá-la. Mais sensatos, os opositores dizem que a mandatária "perdeu a noção da realidade". "Como ela não aguenta a realidade, com desemprego, inflação galopante, dólar nas alturas, ela resolve falar que não é mais o Estados Islâmico que quer matá-la, mas os Estados Unidos", disse Elisa Carrió, pré-candidata presidencial da coalizão oposicionista Unen. A deputada Laura Alonso, da Unión PRO, disse que a presidente “entrou numa fase delirante, o que é grave em termos políticos e institucionais". Acrescentou que, nesse ritmo, o delírio de Cristina pode chegar ao de Nicolás Maduro, o ditador da Venezuela que também aponta para o inimigo externo, os Estados Unidos, em uma tentativa de desviar o foco dos problemas internos, enquanto fala com passarinhos que lhe trazem notícias de Hugo Chavez no além. Os opositores relacionaram a fala da presidente aos embates da Argentina com Justiça americana sobre o não pagamento da dívida. As divergências sobre os chamados "fundos abutres" levou o governo argentino a ficar perto de expulsar o embaixador americano Kevin Sullivan depois de ele dizer a um jornal local que era importante para a Argentina resolver o "default". No discurso de terça-feira, que foi transmitido em rede nacional, Cristina Kirchner disse: “Se algo acontecer comigo, não olhem para o Oriente Médio, olhem para o norte", relacionando ao suposto complô banqueiros e empresários que contam com ajuda externa. Em outro momento, provocou ao dizer que “talvez decidam prendê-la da próxima vez que for a Nova York”. Antes do discurso, ela havia afirmado que recebeu ameaças dos terroristas do Estado Islâmico devido à sua amizade com o papa Francisco. Depois do discurso, a hashtag "se algo me acontecer" passou a ser usada por argentinos nas redes sociais como fonte de piadas. Em 2010, a então secretária de Estado, Hillary Clinton, questionou a saúde mental da presidente argentina. Telegramas vazados pelo Wikileaks revelaram que Hillary perguntou se a presidente "estava tomando medicação" e se a capacidade de julgamento da mandatária estaria sendo afetada pelo estresse.
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