A deputada Luíza Erundina (PSB-SP), que só não continua petista porque o PT a expulsou do partido — não foi ela que expulsou o partido do seu coração —, produziu um juízo singular ao defender que sua legenda não apoie ninguém no segundo turno. Vejam que mimo:
“Nem Aécio nem Dilma. Nós não dissemos o tempo inteiro, na campanha, que queríamos mudança? Não propúnhamos o tempo inteiro o fim da polarização? Se nós apoiarmos um dos polos, não vamos justamente fortalecer um dos polos e, portanto, justamente a polarização que combatemos?”.
É o raciocínio típico de uma cabeça de esquerda: termina sempre no abismo. Não tenho esperança de que Erundina tenha lido Kant. Não tenho a esperança de que Erundina tenha lido alguma coisa de relevante. Aliás, o fato de ela ter sido uma das “coordenadoras” de Marina talvez ajude a explicar muita coisa.
Imaginem se todos os que querem uma “nova política”, ou, vá lá, uma “política nova”, com procedimentos mais decentes, fizessem como ela recomenda. Ninguém seria eleito! Talvez pudesse ser até a solução, né? Há muito tempo eu também acho que o governo atrapalha o Brasil. Seria melhor sem ele. Mas sei que não é possível.
Isso já é o PT operando. Gente como Erundina e Roberto Amaral sabem que a campanha suja empreendida pelo partido contra Marina não deixou espaço para apoiar, de fato, a candidatura de Dilma. Então eles buscam uma forma de apoio branco, envergonhado. No caso, não se alinhar com ninguém corresponderá, evidentemente, a apoiar a máquina oficial. Por Reinaldo Azevedo
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