terça-feira, 14 de outubro de 2014
Gasolina da Petrobrás fica mais cara que no Exterior
A gasolina vendida pela Petrobrás no mercado interno atingiu, nesta semana, um patamar 1% mais elevado que o preço do mercado internacional, segundo cálculos do banco Credit Suisse. E, segundo o banco, a continuação desse atual declínio dos preços internacionais da gasolina até o fim do ano, que é compatível com os preços futuros e de uma taxa de câmbio de R$ 2,50, reduziria a necessidade de um aumento de preços do combustível no Brasil em 2014. De acordo com o relatório do banco, a diferença entre o preço internacional e o doméstico da gasolina foi de 17,3% na média de janeiro a setembro e chegou a 24,3% em 25 de setembro. Essa queda na diferença de preços entre 25 de setembro e segunda-feira, segundo os analistas do Credit Suisse, foi impulsionada por uma queda de 19,2% no preço do combustível no mercado internacional e pela valorização de 1,4% do real no período em análise. Os preços futuros apontam para uma queda de 3% nos preços da gasolina no mercado internacional em dezembro, na comparação com o patamar atual, implicando em um preço no mercado doméstico 4% mais alto, considerando a atual taxa de câmbio. “Nossa projeção para o IPCA de 6,4% ao fim deste ano não embute nenhuma alta nos preços da gasolina, que pode levar o IPCA a superar o limite do teto da meta”, diz o Credit. Ainda de acordo com o relatório do Credit Suisse, a estimativa é de que um aumento de 5% nos preços da gasolina nas refinarias até o início de dezembro elevaria a inflação medida pelo IPCA em 2014 em 0,15 ponto porcentual. “Para 2015, prevemos um aumento nos preços de refinaria de 11%. Além disso, assume-se uma retomada do imposto sobre os combustíveis, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), para R$ 0,09 por litro no primeiro trimestre. Essa taxa só iria aumentar o preço da bomba de gasolina em 3%”, dizem no relatório os economistas do banco. Assim, de acordo com eles, o restabelecimento da Cide combustíveis e o alinhamento do preço interno com os níveis internacionais implicaria em um aumento do preço da gasolina de 11% na bomba em 2015, cujo impacto sobre a inflação medida pelo IPCA seria de 0,4 ponto porcentual em 2015.
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