terça-feira, 28 de outubro de 2014
Com Dilma reeleita, Brasil vira 3º emergente mais vulnerável
O Brasil ocupa agora o terceiro lugar no ranking de vulnerabilidade entre os países emergentes, elaborado pela consultoria inglesa Oxford Economics, atrás apenas da Turquia e da África do Sul. Em comparação com o ranking de abril, quando foi publicado pela primeira vez, o Brasil subiu uma posição entre as economias emergentes mais vulneráveis. Em relatório publicado nesta segunda-feira, 27, a consultoria diz que essa piora no ranking deve-se à economia estagnada e aos crescentes déficits fiscal e externo. “A perspectiva irá se deteriorar mais ainda com a reeleição de Dilma Rousseff”, afirma o economista-sênior da Oxford Economics, Simon Knapp, que assina o relatório. “Apesar de o Brasil não ser o mais vulnerável no ranking, o fato é que a reeleição de Dilma Rousseff significa que a séria piora nos fundamentos econômicos do Brasil nos últimos anos é agora menos provável de ser endereçada de uma forma positiva". Além do Brasil, outro país que viu sua posição piorar entre os emergentes mais vulneráveis foi a China, mas o analista da Oxford Economics ressalta que o governo chinês ainda dispõe de muitos recursos para enfrentar até os choques mais severos. Por outro lado, a Polônia, a Malásia e a Indonésia melhoraram de posição, ou seja, tornaram-se menos vulneráveis em comparação com o ranking de abril. Sobre o risco de Dilma Rousseff não encaminhar soluções para a piora nos fundamentos, a Oxford Economics alerta que isso poderá resultar em saída grande de capital estrangeiro do Brasil ou uma redução do fluxo de investimento estrangeiro direto, os quais são necessários para financiar o crescente déficit em conta corrente do País. A Oxford Economics reduziu, em abril, sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 1,4% para zero em 2014 e de 2,1% para 0,9% em 2015, mas alerta que o número final de expansão do PIB em 2015 poderá ser ainda menor.
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