Integrante da coligação que encampou a candidatura derrotada de Marina Silva (PSB), o PPS decidiu nesta terça-feira, por unanimidade, apoiar o projeto eleitoral de Aécio Neves (PSDB) no segundo turno. “O PPS não aceita nem a posição de neutralidade nem o apoio a presidente Dilma Rousseff”, disse Roberto Freire, presidente da sigla. Em dezembro do ano passado, a legenda foi procurada por Aécio Neves em busca de uma aliança, mas acabou fechando com Eduardo Campos, então candidato a presidente – morto em agosto numa tragédia aérea. Para interlocutores da legenda, a decisão custou caro: afirmam que Roberto Freire não se reelegeu para a Câmara dos Deputados por ter se distanciado do PSDB do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo.
Desde a noite de domingo, Marina Silva tem se reunido com aliados para definir o posicionamento no segundo turno. A ex-senadora não esconde o ressentimento com os ataques da petista Dilma Rousseff, mas busca afinar um acordo programático com o tucano para não ser novamente alvo de críticas. Durante toda a campanha, Marina Silva criticou a “velha política” e o domínio do PSDB e do PT nos últimos vinte anos. Em discurso pós-urnas, entretanto, sinalizou apoio a Aécio Neves.
O anúncio oficial de Marina Silva ainda depende de outras negociações. Nesta quarta-feira, a Executiva do PSB vai se reunir em Brasília para decidir se apoia Dilma ou Aécio Neves ou se optará pela neutralidade. Na quinta-feira, os seis partidos que compõem a coligação da ex-candidata também terão encontro para decidir o rumo no segundo turno. Em nota divulgada nesta terça-feira, sem se posicionar claramente, Marina Silvadisse que “os resultados das eleições refletiram uma posição da insatisfação com as condições existentes no Brasil, expressando o sentimento de mudanças”.
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