O Datafolha divulgou a pesquisa eleitoral em São Paulo feita entre esta sexta e este sábado. Pouca coisa mudou nos três últimos dias. O tucano Geraldo Alckmin chega a 51% e deve ser reeleito no primeiro turno; o peemedebista Paulo Skaf obtém 21%, e Alexandre Padilha, do PT, 11%. Quando computados os votos válidos, os respectivos candidatos têm 59%, 24% e 13%. Num segundo turno, que não existirá, Alckmin bateria Skaf por 67% a 33%, e Padilha, por impressionantes 77% a 23%. O tucano José Serra dispara na liderança para o Senado, com 50%, contra 37% de Eduardo Suplicy, e 9% para Gilberto Kassab, do PSD. Vejam o gráfico publicado na Folha Online.
Em São Paulo, o PT deu “PT”, isto é: perda total. Alexandre Padilha, o “poste de Lula”, desta vez, não produziu luz — nem chegou a gerar calor. Se os números do Datafolha estiverem certos, o partido terá o pior desempenho eleitoral desde 1994, chegando bem perto das três primeiras eleições que disputou: 1882, 1986 e 1990. Vejam o quadro.
Eis aí: em 1998, o PT alcançou o patamar dos 20%, com Marta. Saltou para o andar dos 30% com Genoino, em 2002, ano da ascensão de Lula, e lá se manteve. Agora, despenca de novo para o padrão das primeiras disputas, quando ainda era considerado um partido “perigoso” por causa de sua ideologia. Hoje, o que se teme no PT é a corrupção. No quadro acima, os 13% são o índice atribuído ao PT pelo Datafolha.
Campanhas desastradas
Existe um enorme repúdio ao PT em São Paulo. Na raiz, certamente estão a repulsa aos atos de corrupção associados ao partido e o desastre da gestão de Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo. Mas não é só isso que explica o desempenho pífio: raramente o partido conduziu uma campanha tão equivocada em São Paulo. Ainda no debate da Globo, viu-se um Padilha agressivo, violento na retórica, a convidar o espectador a abrir a torneira para constatar que não haveria água. Ocorre que… há água.
Existe um enorme repúdio ao PT em São Paulo. Na raiz, certamente estão a repulsa aos atos de corrupção associados ao partido e o desastre da gestão de Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo. Mas não é só isso que explica o desempenho pífio: raramente o partido conduziu uma campanha tão equivocada em São Paulo. Ainda no debate da Globo, viu-se um Padilha agressivo, violento na retórica, a convidar o espectador a abrir a torneira para constatar que não haveria água. Ocorre que… há água.
Skaf, que chegou a ameaçar alçar vôo, ficou empacado numa campanha que chegou a flertar com o surrealismo. Apelou-se ao lepo-lepo, à recomendação para que se governasse São Paulo com tesão, e, nas últimas peças publicitárias, uma mulher se mostrava hesitante na cama em ceder ou não aos apelos do homem, dizendo-se indecisa… E então vinha a recomendação para votar em.. Skaf. Duda Mendonça perdeu a mão.
Pela terceira vez consecutiva, o PT não chega ao segundo turno em São Paulo. O PSDB elegerá o sexto governo consecutivo, o terceiro no primeiro turno. E ainda levará a única vaga no Senado em disputa, forçando Eduardo Suplicy a procurar um emprego. Ele está lá há 24 anos e, até hoje, não apresentou um único projeto do interesse do Estado que representa.
Da próxima vez, se ainda houver seca em São Paulo — tomara que não! —, o PT não tentará tirar votos da torneira. Por Reinaldo Azevedo
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