terça-feira, 2 de setembro de 2014

PT FINALMENTE RESOLVE ABRIR GUERRA CONTRA MARINA SILVA

O PT pretendia apresentar a candidata Dilma Rousseff como uma pessoa equilibrada e serena, digna do cargo de presidente, que se preocupa em apresentar suas realizações e evita o bate-boca eleitoral. A estratégia declarada de tocar a campanha sem confrontos diretos, entretanto, durou até a ascensão de Marina Silva (PSB). Agora, os petistas deixaram de lado os bons modos. A terça-feira foi marcada por ataques em série à ex-senadora. Dilma, que tem feito críticas moderadas à adversária, manteve o tom dos ataques – e deve seguir assim. Pela manhã, em ato político com Lula em São Bernardo do Campo, reduto petista na Grande São Paulo, referiu-se a Marina em um palanque nominalmente pela primeira vez. "O que nos separa e distingue da Marina e dos demais adversários é que colocamos no centro de nossas preocupações as pessoas e a questão do emprego", disse: "Eles preferem propor medidas de arrocho salarial e que vão levar necessariamente ao desemprego". A parte mais pesada dos ataques será feita de forma desvinculada da presidente. A estratégia ficou clara ao longo do dia. Na propaganda da candidata na televisão, Marina agora é comparada a Jânio Quadros e Fernando Collor – o mesmo Collor que disputa uma vaga no Senado com o apoio de Dilma. Mas quem faz a comparação é um locutor, e não a petista. Enquanto isso, o site Muda Mais, chefiado pelo ex-ministro Franklin Martins e vinculado ao PT, deixou de lado o tucano Aécio Neves para atingir Marina Silva. Ela é apresentada como “a candidata das erratas”, graças às mudanças em seu programa de governo. Nas redes sociais, os perfis do Muda Mais também ajustam a mira: “Marina claramente não entende que para governar o Brasil, é preciso ter maioria no Congresso”, diz uma postagem. No Congresso, a ofensiva ficou por conta do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). Ele fez nesta terça-feira um discurso agressivo contra a candidata do PSB à Presidência. Costa usou expressões como “política sem lado”, “tendência ao autoritarismo”, “promessas vagas”, “ameaça ao nosso futuro” para criticar vários pontos defendidos pela candidata, que foi citada como alguém sem ideias claras e sem condições de governar o Brasil. “Isso demonstra a fraqueza da chapa presidencial de Marina, que, refutando tudo e todos, não teria ninguém para governar caso vencesse a eleição. Não teria base neste Congresso, não teria aliados, não teria apoios para aprovar projetos e jogaria o Brasil em uma paralisia extremamente perigosa”, disse ele. O petista também afirmou que a “nova política” pregada por Marina é uma farsa. “É só observar os seus palanques regionais, as raposas estão todas lá – o ex-senador Mão Santa, o filho do ex-senador Bornhausen, que queria acabar com a raça do PT e tantas e tantas figuras agora transformadas em instrumentos da nova política no nosso País”, disse Costa. O líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF) reagiu: “A população brasileira não aceita mais esse tipo de terrorismo, e quero relembrar que o ex-presidente Lula também foi vítima desse tipo de preconceito e ameaça”, afirmou o parlamentar.

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