Ao longo da campanha, o PT tentou evitar a todo custo que seu candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, fosse vinculado ao ex-presidiário e deputado estadual Luiz Moura, flagrado neste ano em reunião na qual também estavam dezoito criminosos da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Mas, na reta final da disputa – e com apenas 9% de intenção de voto, segundo o Datafolha – Padilha foi buscar votos no feudo eleitoral de Moura, o bairro de Guaianases, no extremo leste da capital paulista. Nesta quinta-feira, fez caminhada e discursou em carro de som pelo bairro ao lado de Jorge do Carmo (PT), o substituto de Luiz Moura na chapa de candidatos à Assembleia Legislativa de São Paulo. Investigado pelo Ministério Público por sete crimes, Luiz Moura não teve aval da Justiça Eleitoral para concorrer à reeleição e chegou a ser expulso do PT – medida que ainda não foi efetivada, porque o parlamentar aguarda parecer do Diretório Nacional do partido. Impugnado, Luiz Moura e seu irmão Senival Moura, vereador paulistano e candidato a deputado federal, passaram a fazer campanha para que Jorge do Carmo conquiste uma cadeira para o clã Moura na Assembleia Legislativa. Padilha também: ele até parou para comer pastel com Jorge do Carmo, que foi chefe de gabinete da subprefeitura de Guaianases indicado pelos irmãos Moura.
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