quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Oposição usa silêncio de Paulo Roberto Costa contra Dilma
Parlamentares da oposição usaram o silêncio do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em audiência na tarde desta quarta-feira na CPI mista do Petrolão, como palanque para criticar a presidente Dilma Rousseff. Os oposicionistas responsabilizaram Dilma pelo que consideram ser um fracasso na gestão da companhia petrolífera, comparando o esquema com o do Mensalão do PT. O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy, disse que a presidente demonstrou incapacidade para conduzir o País, fracassou na gestão da Petrobras e cobrou uma mudança na conduta ética. Mas reconheceu que a audiência com o ex-diretor "definitivamente não produziu os resultados esperados pela população brasileira". O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), coordenador jurídico da campanha presidencial de Aécio Neves, disse que a população quer saber quem são os nomes de quem "assaltou" a Petrobras. "A agilidade nisso é para atender o sentimento da nação e descobrir quem são esses marginais antes da eleição", afirmou Sampaio, que defendeu que se realize já nesta quinta-feira uma reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, para tentar ter acesso à integra da delação premiada. Desde o dia 29 de agosto, Paulo Roberto Costa tem prestado depoimentos à Justiça Federal do Paraná nos quais revela o envolvimento de políticos no esquema de recebimento de propina em contratos da estatal no período em que foi diretor (2004-2012). O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), afirmou que "lamentavelmente o Brasil assiste a mais um caso gravíssimo de corrupção envolvendo a gestão do PT". "Uma empresa orgulho para povo brasileiro se transformou numa casa de negócios, num organismo para financiar de forma ilegal partidos políticos", criticou. O ex-diretor, que chegou até a ser chamado de "bandido" pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), permaneceu calado durante todo o depoimento.
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