Em território do adversário Aécio Neves (PSDB), a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) mirou sua artilharia contra a rival do PSB, Marina Silva. Em discurso em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), a petista voltou a usar a mudança no plano de governo de Marina, que recuou no trecho sobre a união civil entre homossexuais, para atacá-la. "Quem muda de programa toda hora, como muda de casaca, não pode culpar o programa. A culpa é de quem muda", disse. A orientação da campanha petista é centrar a artilharia em contradições de Marina para desgastar a imagem da adversária do PSB.
Em Ribeirão das Neves, Dilma também criticou a ideia de Marina de diminuir ou alterar o papel dos bancos públicos em financiamentos e indicou que se Marina for eleita, políticas de transporte como linhas de metrô, de veículos leves sobre trilhos (VLT) e o transporte fluvial podem ser comprometidos. “O pessoal que é contra juro subsidiado que me desculpe, mas é importante para o país. Tem gente que é contra financiamento dos bancos públicos, mas se não tiver financiamento, as obras não saem.”
A presidente-candidata participou de uma careata ao redor da praça central de Ribeirão das Neves. Ao longo do trajeto, ela tentou discursar sobre a importância dos recursos do pré-sal, mas não conseguiu. Nesse momento, houve um princípio de vaia abafado pela militância petista que começou a gritar palavras de apoio. Ao lado do candidato do PT ao governo do Estado, Fernando Pimentel, a candidata distribuiu beijos, fez sinal de coração com as mãos e arriscou uma declaração de amor à cidade: “Eu amo Neves. Eu sou mineira como vocês".
Bicicleta – No Dia Mundial Sem Carro, antes de participar do ato público, Dilma defendeu o financiamento do governo federal em diversas modalidades de transporte e disse que, se reeleita, deve abrir uma linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a procução de bicicletas em regiões onde há ciclovias. A iniciativa é para que o produto não fique concentrado apenas na Zona Franca de Manaus. Ao justificar a importância do transporte público, Dilma arriscou até divagar sobre a importância do tempo livre. “Tempo é algo que todos nós precisamos para viver com a própria família, conviver com ela, conviver com os amigos e desfrutar da vida.”
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