domingo, 28 de setembro de 2014
Exportações argentinas de carne bovina caíram 77% desde início da intervenção do governo da peronista populista Cristina Kirchner
A Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados (Ciccra) anunciou que as vendas de carne bovina Made in Argentina ao Exterior caíram 77% entre 2006 e 2014. Segundo os empresários, o motivo da queda significativa das exportações de um dos produtos-símbolo do país foi a série de restrições aplicadas sobre estas vendas a partir de 2006 pelo governo do presidente Néstor Kirchner (2003-2007). O governo pretendia desviar o produto para o mercado interno e assim forçar uma queda do preço da carne, elemento fundamental da mesa cotidiana dos argentinos. No entanto, os governos de Néstor Kirchner e de sua sucessora, a presidente Cristina Kirchner, não conseguiram impedir a alta de preços da carne no mercado interno. Segundo o relatório da Cira, o preço da carne aos consumidores nos açougues aumentou 350% desde 2006. O consumo de carne caiu de 68,5 quilos em 2007 por ano para os atuais 61 quilos. Por causa da crise no setor, 132 frigoríficos tiveram que fechar suas portas, com a perda de 16.650 postos de trabalho. Segundo a Cira, “a política anti-pecuarista do governo custou ao país o total de US$ 24,86 bilhões”. Enquanto as exportações sofrem restrições, as importações também padecem problemas. Além das barreiras alfandegárias, o ato de importar tornou-se uma tarefa de Hércules devido à dificuldade de ter acesso a dólares para poder pagar as compras no Exterior. Segundo a Câmara de Importadores da Argentina (Cira), os importadores acumulam uma dívida entre US$ 5 bilhões e US$ 5,5 bilhões com os fornecedores no Exterior. Desse total, US$ 2,5 bilhões correspondem à indústria automotiva argentina.
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