Por Marcela Mattos, na VEJA.com: Autor de sucessivas peças de terrorismo eleitoral pregando o discurso do medo caso deixe o poder, o PT anunciou que fará uma ofensiva contra as campanhas de Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) na Justiça Eleitoral. O partido quer direito de resposta porque não gostou das críticas feitas pelos adversários à gestão da presidente-candidata Dilma Rousseff.
No programa eleitoral exibido nesta terça, a campanha de Marina afirmou que a Petrobras “virou caso de polícia” em referência à profusão de escândalos que cercam a empresa nos últimos anos. A propaganda mostrou uma reportagem na qual o Tribunal de Contas da União pede que Dilma responda pela compra da refinaria sob suspeita, em Pasadena, no Texas, cuja compra pela Petrobras deixou prejuízo de quase 1 bilhão de dólares. Na época do negócio, Dilma era presidente do Conselho de Administração da Petrobras.
No caso de Aécio, a queixa do PT é que a campanha tucana mentiu ao afirmar que o governo Dilma não entregou as obras que prometeu. Um levantamento da ONG Contas Abertas, por exemplo, mostrou que o número de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no papel é três vezes maior do que os empreendimentos em execução.
“A candidata do PSB excedeu todos os limites de desfaçatez ao atacar a presidente Dilma e o PT, igualando-se às práticas mais obscuras da velha política. A Marina diz que faz o debate, não o embate, mas partiu para a baixaria”, disse o presidente do PT, Rui Falcão, um dos coordenadores da campanha de Dilma. “Nós sempre falamos a verdade de cara limpa, rosto aberto, sem nos escondermos e exibindo fatos e argumentos. Marina que mentiu sobre dados do desmatamento, sobre o quanto recebe por suas palestras e ainda faz insinuações descabidas, como é o caso de atribuir responsabilidade a nossa presidente por nomeações de diretores que depois praticaram mal feitos”, continuou.
Para quem acompanha a escalada da propaganda petista no rádio e na televisão, a fala do presidente do PT deixou a dúvida: se era algum tipo de piada ou se ele não assistiu as peças eleitorais recentes produzidas pela própria campanha que coordena – uma delas, inclusive, barrada pela Justiça Eleitoral. Por Reinaldo Azevedo
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