quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Aécio Neves se compara a JK e ataca a "petezada" em Minas Gerais
Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de votos, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, se comparou nesta quinta-feira ao ex-presidente Juscelino Kubitschek ao afirmar que, depois de 60 anos, os eleitores têm a oportunidade de colocar um mineiro no cargo mais alto da administração pública. Na reta final da campanha, Aécio Neves intensificará a agenda em Minas Gerais, seu reduto político – e onde está atrás de Dilma Rousseff e empatado com Marina Silva na preferência do eleitorado. Na tentativa de alavancar o candidato do PSDB ao governo do Estado, o ex-ministro Pimenta da Veiga, Aécio Neves atacou duramente o PT, que concorre ao Palácio da Liberdade com o ex-ministro Fernando Pimentel, e disse que a vitória do adversário seria responsável por levar uma “petezada” a Minas Gerais para conseguir emprego no governo estadual. “O PT está perdendo a eleição em todos os lugares em que governa, Bahia, Rio Grande do Sul e vai perder no Brasil também. Se Fernando Pimentel vencer as eleições o PT aqui em Minas vai virar balcão de emprego para essa petezada que vai perder eleição no Brasil inteiro. Vai vir para Minas Gerais para salvar o seu. Isso é o modus operandi, é como eles agem”, atacou. Com forte tom emocional, Aécio Neves participou de uma carreata e ato político com prefeitos na cidade de Montes Claros e utilizou a imagem do ex-presidente Juscelino Kubitschek e as duas gestões dele próprio como governador de Minas Gerais para tentar conquistar votos no Estado. Ele chegou a afirmar que, se eleito, faria uma espécie de parceria prioritária com o ex-governador Antonio Anastasia (PSDB), favorito a uma vaga no Senado, para desenvolver regiões mineiras. “Nós trabalhamos no limite de nossas forças, com muita correção, em parceria com os municípios para que as coisas começassem a melhorar. Essa eleição e a nossa vitória não são mera responsabilidade do Aécio Neves. São responsabilidade daqueles que compreendem que Minas Gerais tem nas mãos uma oportunidade que só teve há 60 anos com Juscelino Kubitschek: eleger um presidente mineiro. E não vai precisar que enviem pessoas ou um parlamentar que seja para discutir problemas no Estado. Porque esse candidato que está aqui conhece como nenhum nossa realidade”, disse. Também nesta quinta-feira, o candidato do PSDB voltou a atacar as duas adversárias mais bem colocadas na corrida presidencial e afirmou que a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, prejudicou Minas Gerais em seu governo, vetando benefícios para o Estado. O tucano disse que Dilma deixará uma “herança perversa” aos brasileiros, com inflação alta e baixo crescimento econômico e relatou, em discurso a prefeitos, um dos casos que teriam lesado Minas Gerais: a não-instalação de um polo acrílico de 600 milhões de reais no Estado. “Eu estava na sede da Petrobras, dessa subjugada pelos interesses mais baixos e mais perversos que alguém pode submeter uma empresa. Eu estava lá negociando com o presidente José Sergio Gabrielli, do PT, um polo acrílico. Foi uma negociação dura e conseguimos acertar o polo. Mas no apagar das luzes do governo do PT, o presidente da Petrobras levou o polo acrílico para a Bahia”, relatou: “Eu fiquei gritando sozinho e o PT mais uma vez deu as costas para Minas Gerais”. Ao criticar as mudanças de posição de Marina Silva, que aparece empatada com a presidente Dilma na primeira colocação, segundo pesquisa Datafolha, Aécio Neves criticou a comparação da candidata com os ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor, como fez o PT na propaganda eleitoral na televisão, mas disse que a ex-senadora não tem “credibilidade”. “Não entro no vale-tudo para ganhar a eleição, mas é muito importante que a candidata Marina passe maior credibilidade em relação aquilo que pensa. Ela já teve a oportunidade de mudar suas posições em temas muito caros aos brasileiros”, disse. “Vejo muitas semelhanças hoje entre o discurso da candidata Marina e o discurso da candidata Dilma quatro anos atrás. Elas conviveram juntas no PT. A minha candidatura não se adapta às circunstâncias do momento e não altera suas convicções. Defende hoje o que pratiquei ao longo de todo a minha vida e é o que farei no governo”, afirmou ele.
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